O Brasil tem participado de diversas iniciativas para criar alternativas que possam barrar o avanço do coronavírus. Isso inclui vacinas, produção de materiais de proteção e identificação do mapa genético do vírus. Todas essas movimentações são registradas em sites como o Tecnonotícias.
O Brasil é um dos integrantes de uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para facilitar o acesso a tecnologia na luta contra a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. A iniciativa foi lançada em maio.
Uma das intenções do projeto é que, se algum governo ou empresa participante descobrir um medicamento para a doença, contribuam com a patente para que ela seja sub-licenciada a fabricantes de genéricos. Isso facilitaria, segundo a OMS, a fabricação e a distribuição dos medicamentos pelo mundo de forma mais igualitária.
A embaixadora do Brasil na OMS, Maria Nazareth Farani Azevêdo, representou o país no lançamento. Ao todo, mais de 35 países estão participando “O Brasil está honrado em apoiar o lançamento da plataforma”, disse Farani. “Nesse momento, o acesso a tecnologias de saúde de qualidade seguras, eficientes e acessíveis continua sendo uma prioridade para o Brasil”, disse Maria Nazareth.
A participação da iniciativa é voluntária e baseia-se em outros repositórios de patentes, como as de medicamentos para HIV e hepatite C. Além do Brasil, participam da proposta países como Holanda, México, Uruguai, África do Sul e Argentina.
Outra iniciativa de destaque do Brasil aconteceu a partir da produção de imagens do coronavírus. Isso aconteceu com a tecnologia produzida pelo novo Sirius, o maior acelerador de partículas do Brasil e um dos mais avançados do mundo.
Localizado em Campinas, interior de São Paulo, o novo acelerador de elétrons, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) foi projetado por brasileiros a um custo de 1,8 bilhões de reais que foi financiado por empresas privadas nacionais e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Com o diâmetro de 235 metros, o Sirius foi apelidado de “Maracanã da Ciência”
O equipamento foi utilizado para radiografar proteínas do novo coronavírus, com a produção de imagens que podem ajudar no combate à doença.
A expectativa é que a ferramenta seja utilizada por pesquisadores que buscam entender o comportamento de componentes da matéria. No caso do vírus, as radiografias poderão ajudar a produzir um medicamento que iniba e combata a reprodução da Covid-19 no corpo do paciente.
Com o desenho da proteína é possível desenvolver remédios que podem parar a infecção. Essa técnica foi utilizada para produzir coquetéis eficazes contra o vírus HIV e esta pode ser uma esperança na corrida por um medicamento contra o novo coronavírus.
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