Sindicato que representa escolas particulares aguarda posição da prefeitura sobre retorno das aulas em Maringá

Segundo o sindicato, a Secretaria de Saúde aprovou os protocolos sanitários para o retorno das atividades escolares, mas não oficializou as medidas

  • O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe/NOPR) aguarda uma posição da Prefeitura de Maringá sobre o retorno das aulas presenciais na cidade. Segundo o vice-presidente do Sinepe/NOPR, José Carlos Barbieri, a Secretaria de Saúde aprovou os protocolos sanitários para o retorno das atividades escolares, mas não oficializou as medidas.

    O vice-presidente do Sinepe/NOPR informou que, em relação as medidas apresentadas, a Secretaria de Saúde não autorizou apenas o funcionamento de cantinas e a permanência de alunos nas bibliotecas das instituições.

    A Prefeitura de Maringá, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que apesar dos estudos e debates com diversos segmentos, ainda não há um protocolo definitivo aprovado pela Secretaria de Saúde que autoriza o retorno às atividades escolares presenciais.

    O retorno das aulas presenciais em Maringá é discutido por um comitê intersetorial montado há dois meses. O grupo é formado por representantes do Sinepe/NOPR, Núcleo Regional de Educação (NRE), Conselho Municipal de Educação, secretarias de Educação, Saúde e outros segmentos.

    Segundo o município, o comitê intersetorial se reúne semanalmente para debater o formato mais seguro de retorno às aulas, considerando o índice de disseminação do coronavírus na cidade. Apesar disso, não há previsão para o retorno às aulas presenciais. “O retorno ocorrerá quando o cenário for seguro a todos os envolvidos”, informou a assessoria de imprensa do município.

    O vice-presidente do Sinepe/NOPR, José Carlos Barbieri, explicou que o comitê elaborou protocolos específicos para cada um dos níveis de ensino. A proposta é que o retorno seja gradual, começando com o ensino superior, depois ensino médio e fundamental e por último o ensino infantil, com período de 14 a 15 dias de intervalo entre cada nível de ensino.

    “A educação vai de 0 ano de idade até o doutorado. A proposta começa pelo ensino superior, pelas pessoas que estão trabalhando, saindo de casa, indo ao mercado e tentam voltar à normalidade e estamos deixando por último as crianças”, afirmou Barbieri.

    Ele preferiu não revelar as datas propostas para o retorno das atividades escolares presenciais, mas disse que a ideia é retomar as aulas a partir de agosto. Segundo o vice-presidente do Sinepe/NOPR, as instituições particulares podem ser as primeiras a retomar as atividades

    “As escolas privadas fizeram os investimentos que tinham que fazer. Para o município e o Estado é muito caro e demorado, porque tem que fazer licitação. A escola privada é uma empresa e o diretor quase sempre é o dono ou mantenedor e acaba tendo uma agilidade maior para fazer as compras”, afirmou Barbieri.

    De acordo com Barbieri, a proposta prevê que o retorno dos estudantes não será obrigatório, respeitando alunos do grupo de risco ou que não tenham segurança para retomar as atividades presenciais.

    Ele explicou que o ensino remoto emergencial vai continuar e as instituições devem adotar um modelo híbrido, aliando ensino remoto ao presencial. A proposta é que as instituições atendam apenas 50% da capacidade e que as turmas sejam alternadas. Quando não estiverem na escola, os alunos continuam com as atividades remotas em casa.

    Os protocolos sanitários estabelecem que as instituições devem aferir a temperatura dos alunos, disponibilizar tapetes para higienização dos pés, equipamentos de proteção para toda a equipe escolar e promover a ventilação e sanitização regular dos ambientes.

    Os alunos deverão usar máscara e trazer álcool em gel e garrafa de água. Os bebedouros serão bloqueados para consumo, sendo possível apenas encher as garrafas. Nas salas de aula, deverá ser mantido distanciamento de 1,5 metro entre alunos e professores. Os horários de entrada, saída e intervalo serão reorganizados para evitar aglomerações.

    O que se sabe sobre a volta às aulas no Paraná?

    No Paraná, não há previsão para o retorno às aulas presenciais. O governo estadual também montou um comitê para discutir um protocolo e definir como será a volta às aulas no Estado.

    O comitê vai definir um plano de retorno das aulas presenciais, que deve ser apresentado aos epidemiologistas da Secretaria de Estado da Saúde ainda em julho e levado novamente ao comitê no dia 30 deste mês.  

    O comitê se reuniu, de forma online, com representes do Ministério Público, Assembleia Legislativa, sindicatos que representam escolas públicas e particulares, movimentos estudantis e outros. Segundo o governo, a data de retorno das aulas presenciais será definida com base nos números da pandemia e quando tiver condições seguras para o retorno.

    Recentemente, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) desmentiu uma  informação falsa de que as aulas no Paraná voltariam em 17 de agosto. A Seed alerta que qualquer definição de retorno vai ser informada pelos canais oficiais na internet.

    Comentários estão fechados.