UEM ocupa 81ª posição em ranking das melhores universidades da América Latina

Entre as universidades estaduais do Paraná a UEM é a terceira que aparece no ranking, ficando atrás da UEL e UEPG

  • O Times Higher Education (THE), um dos principais rankings de avaliação educacional do mundo, divulgou na quarta-feira (7/7) a edição 2020 do ranking de universidades latino-americanas. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) aparece em 81º lugar, o que representa queda de uma posição em relação ao levantamento de 2019, quando a instituição ficou em 80º lugar.

    A edição 2020 do ranking de universidades latino-americanas reuniu 166 universidades de 13 países, contra 150 instituições em 12 países no ano passado. Entre as universidades estaduais do Paraná, a UEM é a terceira que aparece no ranking. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) figura na 50ª posição e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEP) em 65ª.

    A liderança do ranking ficou com a Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC-Chile). Apesar de não ter conquistado o primeiro lugar, o Brasil é o país mais representado no levantamento, com 61 instituições, seguido pelo Chile com 30 e Colômbia com 23. Entre as 10 instituições mais bem colocadas do ranking, sete são brasileiras – número maior do que no ano anterior, quando eram seis.

    A avaliação é baseada nos 13 indicadores de desempenho que sustentam o THE World University Rankings, com alguns ajustes nos pesos para refletir as características das universidades da América Latina.

    Os indicadores de desempenho estão agrupados em cinco áreas: ensino, que envolve o ambiente de aprendizagem; pesquisa, que engloba o volume, investimentos e reputação da produção científica; citações que dizem respeito à influência da pesquisa; perspectiva internacional envolve pessoal, estudantes e pesquisa; e a transferência de tecnologia que se refere à capacidade da universidade em transferir conhecimento.

    Apesar da queda de um ponto em relação ao levantamento de 2019, passando de 41,8 para 39,8 em 2020, a UEM foi melhor avaliada em alguns critérios na comparação com ano passado. No critério de citações de artigos científicos, a instituição alcançou 28,6 contra 22,2 pontos registrados no ano passado.

    A internacionalização passou de 21,4 pontos para 23,0 e o ensino de 52,4 para 52,9. No entanto, a instituição registrou queda no critério de pesquisa, em que a pontuação caiu de 48,2 para 34,4 neste ano. Em relação a transferência de de tecnologia, que se refere à capacidade da universidade em transferir conhecimento, a UEM caiu de 37,6 em 2019 para 36,7.

    O professor Bruno Montanari Razza, chefe da Divisão de Planos e Informações, da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, afirma que a queda no critério de pesquisa pode ter influenciado na classificação geral da UEM.

    Segundo ele, no índice pesquisa é considerado, dentre outras questões, o valor investido em pesquisa. O professor diz que em 2018, ano base para o ranking, cortes no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) impactaram a verba destinada à pesquisa.

    “De forma geral, o grande peso da metodologia dos rankings está relacionado com a pesquisa, publicações e índice de citações. A redução nos investimentos em pesquisa afeta diretamente essa mensuração e pode ser sentida no desempenho da UEM”, diz Bruno Razza.

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