Três instituições de ensino superior de Maringá se juntaram à prefeitura para entender como o coronavírus se propaga pela cidade. Durante a parceria, vão ser realizados 800 testes rápidos para detectar a presença da Covid-19. Os exames vão ser divididos em quatro etapas e começam a ser realizados na quarta-feira (20/5).
“Esse trabalho integra o conjunto de estratégias de enfrentamento ao coronavírus e representa importante avanço no entendimento de como o vírus se dissemina pela cidade”, afirma o secretário de Saúde, Jair Biatto.
Os resultados obtidos pelos testes rápidos vão ser entregues à Secretaria de Saúde. Com os dados, a secretaria adotará medidas estratégicas em relação ao controle da pandemia em Maringá.
“Isolamento social e restrições ao funcionamento de atividades econômicas estão entre as decisões que devem ser medidas por informações técnicas”, afirma Denis Bertolini, chefe do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina e Coordenador do Laboratório de Virologia Clínica da UEM. A Uningá e a Unicesumar também participam do estudo.
As diversas medidas aplicadas pelo município, como decretos e portarias, ajudam a evitar uma alta exponencial dos números de doentes diagnosticados com a covid-19. As medidas também controlaram a taxa de ocupação nos leitos hospitalares.
As medidas de isolamento refletem na taxa de transmissão da doença no município. Segundo levantamento feito pela prefeitura, em regiões com vírus circulando, cada pessoa com a doença chega a infectar de duas a três pessoas. Em Maringá, está na média de uma para uma.
Uma equipe formada por geógrafos e estatísticos definiram o número de residências por regiões da cidade onde os testes rápidos vão ser aplicados. Em cada casa, um morador vai ser escolhido para avaliação.
Em caso positivo, todos da família são testados. O exme é feito a partir da coleta de 10 microlitros de sangue obtido por uma picada na ponta do dedo. O resultado sai em 20 minutos. Se necessário, o local vai ser isolado e a família colocada em isolamento, controlado pela Secretaria de Saúde.
Equipamentos do laboratório da Universidade Estadual de Maringá (UEM) são usados para pesquisas mais sofisticadas sobre coronavírus. Esse vai ser o primeiro procedimento técnico oficial em Maringá. Bertolini informa que a UEM já tem projetos de pesquisa encaminhados para o governo federal e aguarda retorno.
Comentários estão fechados.