O Sindicato das Escolas Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe/PR) apresentou na quarta-feira (7/5) à Secretaria de Estado da Saúde um plano de retomada gradativa das atividades na rede privada. No entanto, questionado por um seguidor no Instagram, o governador Ratinho Junior (PSD) disse que, provavelmente, as aulas na rede privada retornem apenas em agosto.
No documento, o sindicato solicita o retorno das aulas e estabelece protocolo de saúde que deve ser cumprido pelas escolas, com medidas de distanciamento social e higiene. O plano foi elaborado em conjunto pelos três sindicatos do Paraná, presentes em Curitiba, Londrina e Maringá.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimento Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe-NOPR), José Carlos Barbieri, o mesmo documento foi entregue há uma semana para a Prefeitura de Maringá. O município ainda não respondeu a solicitação do sindicato. Na tarde desta quinta-feira (7/5), o Sinepe-NOPR vai se reunir com a secretária municipal de Educação, Gisele Colombari, para discutir o assunto.
No entanto, para o vice-presidente do Sinepe-NOPR há resistência no âmbito estadual e municipal para que as atividades sejam retomadas.
“Nenhum prefeito ou secretário quer ser o primeiro [a autorizar a volta às aulas]. O primeiro possível Estado a voltar é Mato Grosso, a primeira cidade é Sinop. Precisamos que um secretário ou prefeito tome uma decisão que seja um case para todo mundo e, se houver necessidade de fechar depois, a gente fecha”.
A Prefeitura de Sinop, no Mato Grosso, permitiu a retomada gradativa das aulas na rede municipal e nas escolas privadas. A retomada de aulas presenciais em instituições de ensinos da rede privada será facultativa. Na rede municipal, as aulas serão retomadas em 18 de maio. Assim como nas escolas da rede privada, a presença será facultativa.
A proposta do Sinepe-NOPR é retomar as atividades de forma gradual, começando pelos alunos do ensino infantil. “Nossa intenção é voltar lentamente, começando pela educação infantil, onde as crianças precisam do cuidado de um adulto, para que os pais que voltaram a trabalhar tenham onde deixar a criança”, disse José Carlos Barbieri.
Segundo Barbieri, as escolas vão continuar seguindo as orientações das autoridades de saúde. No plano de retorno as aulas, o sindicato estabelece medidas que devem ser cumpridas pelas instituições como distanciamento de 1 metro quadrado entre as pessoas, assepsia dos ambientes, uso obrigatório de máscaras, aferição da temperatura e outras determinações.
O vice-presidente do Sinepe-NOPR explicou que a presença do aluno na escola não será obrigatória. As instituições devem desenvolver um plano de estudo remoto para estudantes do grupo de risco ou aqueles que não se sintam confortáveis e seguros para realizar as atividades de forma presencial. Além disso, o sindicato recomenda que as instituições construam um “termo de opção educacional” com os responsáveis.
Para José Carlos Barbieri, a estrutura das instituições de ensino privada é diferente da rede pública e permite a retomada das atividades nesse momento. “Nós atendemos menos alunos por sala e com uma melhor estrutura, falando em relação do Estado, não do município. As escolas estaduais são muito precárias, além disso o governador cedeu licença prêmio para um grande número de professores e colaboradores.”
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