O curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está oferecendo de forma gratuita ajuda no planejamento da economia familiar. Em meio à pandemia do coronavírus, muitas famílias foram abaladas economicamente devido às medidas do isolamento social.
O projeto de Educação Financeira Sustentável busca oferecer um equilíbrio entre ganhos e gastos. Os atendimentos serão feitos individualmente, com tutorias a distância, respeitando todas as regras de proteção expressas pela Organização Mundial da Saúde.
Por vídeo, mensagens ou ligações, a pessoa vai expor as dificultantes da família e, a partir daí, será montado um planejamento econômico.
A ajuda se estende tanto para a comunidade interna quanto externa da universidade. A principio, as orientações serão feitas por três professores do curso de Economia e terá como foco a relação do projeto de vida pessoal e noções de investimentos.
“A sociedade em geral entrou nessa crise sem preparo algum, sem ao menos um fundo emergencial. A educação financeira serve para ir se preparando. Ela faz com que as pessoas despertem para a necessidade dos próprios recursos”, explica o coordenador do projeto, Antônio Zotarelli.
As pessoas interessadas devem entrar em contato por meio do WhatsApp 99923-9965 para realizar o agendamento e atendimento.
Com foco em noções de investimento, Zotarelli explica que a economia familiar ajuda o indivíduo a formar patrimônio a longo prazo, criando uma independência do governo.
“Quando você faz um projeto de vida, você planeja algum sonho para o futuro, uma casa na praia, uma chácara de lazer, e isso você só consegue se fizer com planejamento”, diz o economista.
Uma parte importante destacada pelo coordenador do projeto é de que as ações não devem ser engavetadas, mas sim executadas por todos da casa. “Toda a família fazer parte do projeto econômico. Não é só o pai ou a mãe. Toda família tem que ter sua reserva financeira”, conta o especialista.
Zotarelli ainda diz que segundo economistas, essa crise criada pelo coronavírus está longe de acabar. “Especialistas têm expectativas de uma recessão em nível mundial. Alguns acreditam que só voltaremos a se recuperar em 2027 ou 2030.”
Em momentos de crise, a única sai possível é aprender e esperar passar. A falta do hábito de poupar desde criança é o que torna os adultos irresponsáveis financeiramente, acredita o economista.
“Não temos disciplinas que nos ensinem a economizar nas escolas. A crise está deixando alguns ensinamentos, mesmo com um horizonte nublado pela frente”, diz Zotarelli.
O hábito mais comum para quem deseja se estabelecer economicamente é poupar. Em média uma pessoa deve seguir o orçamento mensal e guardar no mínimo 10% do salário. Já para montar um bom fundo emergencial, é essencial que tenha dinheiro para se manter sem trabalhar por até seis meses.
“Muitas vezes as pessoas caem em gastos muito supérfluos. Antes de fazer qualquer compra é necessário um filtro de três perguntas: eu quero? Eu posso? Eu preciso? A partir daí você vê se é uma necessidade ou desnecessário”, recomenda o economista.
Mesmo com o foco do projeto sendo economia familiar, a organização dos gastos familiares pode ajudar até mesmo nos negócios e outros setores da economia.
“O conceito de microempresário e família são papeis que andam lado a lado. Com a sociedade toda poupando, esse dinheiro entra no mercado financeiro. Ajudando os bancos a terem mercado de capital, diversas atividades serão financiadas pelo grupo”, explica Zotarelli.
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