Maringaenses isolados no Equador devido ao coronavírus aguardam repatriação ao Brasil

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Dois maringaenses estão entre os 147 brasileiros que não conseguem sair de Quito, capital do Equador. Os empresários Lucas Castilho de Araújo, de 29 anos e Mateus Castilho de Araújo, de 23, são irmãos e viajaram a turismo para o Equador no dia 8 de março.

O voo de volta estava marcado para o dia 30, mas devido à pandemia do coronavírus o país cancelou todos os voos internacionais. Os maringaenses estão isolados em um hostel na capital do Equador há nove dias, mas não têm sintomas da doença.

No mesmo hostel, estão hospedados mais três brasileiros, um de Campo Mourão e dois de São Paulo. No entanto, um grupo com pelo menos 135 brasileiros que passam pela mesma situação foi formado no WhatsApp. Entre os brasileiros isolados em Quito, também está uma equipe de nadadores paralímpicos.

Um dos maringaenses, o empresário Lucas Castilho de Araújo, reclama que os brasileiros não têm informações da Embaixada do Brasil em Quito e nem das companhias áreas de quando vão voltar para casa.

“Nossa cobrança maior não é voltar para casa amanhã, a gente entende que é um processo lento, mas cada dia que passa sem notícia de quando vamos para casa é uma angustia maior”, diz Araújo.

Questionados sobre a situação dos brasileiros, o Itamaraty e a Embaixada do Brasil em Quito informaram que têm conhecimento de 147 brasileiros no Equador e buscam uma solução para repatriação.

O Itamaraty afirmou que “todas as alternativas para o retorno dos nacionais naquele país estão sendo consideradas”, mas não respondeu quando os brasileiros devem voltar para casa.

Segundo Lucas de Araújo, os dois foram surpreendidos no dia 14 março com a notícia sobre o fechamento das fronteiras no Equador. Eles procuraram a polícia equatoriana e foram informados que apenas a entrada de estrangeiros estava proibida, mas os voos internacionais estavam mantidos.

No dia 16 de março, eles foram ao aeroporto para antecipar o voo, mas não conseguiram. Naquele mesmo dia, no final da tarde, o aeroporto foi fechado e só poderia entrar quem tinha voo confirmado.

“As companhias áreas jogam a culpa no aeroporto, mas o aeroporto não está fechado. Não pode chegar, mas a saída de voos internacionais está liberada e a companhia não vai querer mandar um avião vazio para cá”, afirmou Araújo.

Além da falta de informações, o empresário afirma que alguns brasileiros estão preocupados em como vão se manter no Equador. Alguns estavam com os voos de volta marcados entre 16 e 18 de março.

Os brasileiros também começam a sentir os efeitos das medidas do governo equatoriano para combater o coronavírus. No hostel em que Lucas Araújo e o irmão estão hospedados, por exemplo, começou o racionamento de gás e os hóspedes podem tomar banho apenas entre sete e oito da manhã.

O país decretou toque de recolher das sete da noite até às sete da manhã. Durante o dia, as pessoas só podem sair para o mercado ou farmácia e devem usar máscara. Quem não estiver com máscara, que é difícil de ser encontrada para comprar, é multado em 200 dólares.

Parte do grupo de brasileiros isolados em Quito, capital do Equador / Arquivo Pessoal

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