A Universidade Estadual de Maringá (UEM) perdeu 50 posições no Ranking das Universidades de Economias Emergentes divulgado pela consultoria britânica de educação superior Times Higher Education (THE).
No ano passado, a UEM estava na 351ª posição. Em 2020, a instituição ocupa a 401ª posição de um total de 533 universidades de 47 países.
No ranking mundial, estão empatadas com a UEM outras instituições do Estado como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
A universidade brasileira melhor posicionada no ranking é a Universidade de São Paulo (USP) que ocupa a 14ª posição.
Desde o primeiro ano que participou do estudo, em 2017, a UEM tem perdido posições no ranking. Em 2017, a universidade ocupava a 251ª posição e nos dois anos seguintes, em 2018 e 2019, ficou em 351ª.
No entanto, o número de instituições participantes também aumentou a cada edição do ranking. Em 2017 eram 300 e agora são 533 universidades participantes.
A classificação utiliza 13 indicadores agrupados em cinco categorias: ambiente de ensino, parceria com indústrias, internacionalização, pesquisa (volume, investimento e reputação) e citações (influência da pesquisa).
Em comparação com a edição anterior do ranking, a UEM só perdeu pontos na categoria ensino. A universidade obteve 20,7 pontos no ano passado e 19,6 neste ano.
Na categoria citações, a pontuação da UEM melhorou e foi de 6,4 pontos em 2019 para 8,8 pontos em 2020. Em internacionalização, a UEM obteve 16,0 pontos no ano passado e 17,3 em 2020.
No critério parcerias com indústrias, a universidade teve uma pequena melhora e foi de 34,4 pontos em 2018 para 34,7 pontos neste ano. Na categoria pesquisa, a instituição manteve a pontuação e ficou com 10,0 pontos nos dois anos.
Para a UEM, a instituição evoluiu na posição relativa do ranking e atingiu a melhor marca desde 2017, primeiro ano que participou do levantamento. Além disso, a UEM destaca a melhora da pontuação isolada das categorias.
Segundo a instituição, como o número de universidades participantes cresce a cada ano, não é possível verificar se a UEM melhorou ou piorou o desempenho com a análise apenas dos dados absolutos.
Para o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, João Marcelo Crubellate, os resultados do ranking mostram que a UEM está no caminho certo, mas que há desafios para serem cumpridos.
Segundo ele, a universidade tem consciência de que não pode ficar parada se quiser melhorar os resultados.
“O ranking mostra que o trabalho da UEM está dando resultado, mas estamos distante do resultado que almejamos que não é apenas a melhoria relativa, mas também absoluta. O resultado absoluto fica ano a ano mais difícil e, se quisermos melhorar nossa posição, vamos ter que intensificar nosso trabalho em cada um desses itens avaliados”, analisa João Crubellate.
Na visão do pró-reitor da UEM, a falta de professores contratados pode ser um dos motivos que levaram a universidade a perder pontos na categoria ensino. “Temos cada vez mais um número maior de professores temporários e no padrão internacional eles são considerados como se apenas dessem aula, o que não é o caso da UEM. Quando a gente fala que tem um parte de professores que só da aula e outra que pesquisa, isso pode estar nos afetando”.
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