A pulverização de inseticida, conhecido como fumacê, para combater o Aedes aegypti, é prevista para começar em março nas cidades da 15ª Regional de Saúde de Maringá. O inseticida é distribuído pelo Ministério da Saúde, que vai encaminhar uma nova fórmula do veneno para os estados.
Até 2019, o Ministério da Saúde utilizava o inseticida chamado Malathion. No entanto, a utilização foi suspensa porque o fumacê não era mais eficaz contra o mosquito. A previsão é que a nova fórmula, chamada Cielo, comece a ser distribuída em março.
Segundo o diretor da 15ª Regional de Saúde, Ederlei Alkamim, os profissionais que vão aplicar o veneno vão realizar treinamento na terça-feira (11/2) e quarta-feira (12/2). Ele explicou que a aplicação do fumacê vai ser feita de acordo com os dados epidemiológicos, priorizando os municípios em epidemia.
Das 30 cidades que fazem parte da 15ª Regional de Saúde, metade registra epidemia de dengue. De acordo com boletim divulgado nesta sexta-feira (7/2) pela Secretaria de Saúde de Maringá, a cidade tem 829 casos de dengue confirmados e outros 316 em análise.
Os dados registrados seguem o calendário epidemiológico estadual que começou em julho de 2019.
O boletim da Secretaria de Saúde mostra que, entre os casos de dengue confirmados, 13 estão com sinais de alarme. Em Maringá, há registro de um caso confirmado de chikungunya importado e outros três em análise.
De acordo com Ederlei Alkamim, o Paraná recebeu 19 mil litros de um lote residual do antigo inseticida. Desse total, cerca de 3 mil litros devem ser enviados para a 15ª Regional de Saúde. Em Maringá, agentes da Secretaria de Saúde devem aplicar, de forma emergencial, 500 litros do veneno utilizando bombas intercostais.
Apesar da aplicação, a eficácia do fumacê é controversa. Além de matar abelhas e pássaros, a ação do inseticida é localizada e pouco duradoura, já que mata somente os mosquitos que estiverem voando no momento em que o veneno é usado. A maneira mais eficaz de combater a dengue é acabar com os criadouros.
O diretor da 15ª Regional de Saúde explica que o fumacê não elimina os focos, mas é utilizado para quebrar ciclos de epidemia de dengue.
“Nós estamos com a população infectada com dengue tipo 2, um vírus novo. O mosquito adulto picando essas pessoas doentes pode depois contaminar outras pessoas. Se você diminuir a quantidade de mosquitos em um período de tempo, as pessoas infectadas com dengue melhoram e a nova população de mosquitos vai picar pessoas fora do período de contaminação”, explica Alkamim.
Nesta sexta-feira (7/2) e sábado (8/2), a Prefeitura de Maringá vai disponibilizar vários pontos para o descarte de bens inservíveis como sofás velhos, garrafas, móveis e pneus usados em bairros da zona Sul. O descarte nas caçambas começa a partir das 15h30 desta sexta-feira. Veja aqui os pontos de descarte.
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