A Secretaria de Estado da Saúde do Parana divulgou nesta terça-feira (28/1) um novo boletim que apresenta Maringá com alto risco de epidemia de dengue.
Segundo o Serviço de Alerta Climático de Dengue do Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maringá é uma das nove cidades com alto risco para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti.
A morte de duas pessoas com suspeita da doença na cidade ainda não foi confirmada no boletim estadual divulgado nesta terça. O documento apresenta 239 casos confirmados na cidade com mais 780 em investigação.
O boletim também mostra que no Paraná, há sete óbitos confirmados, cinco deles foram confirmados apenas na última semana.
De acordo com os boletins estaduais, perto de 200 casos confirmados da doença foram registrados em Maringá apenas em janeiro de 2020 e tem sido grande a procura por atendimento nas unidades de saúde do município.
Uma reunião de emergência para definir novas estratégias de combate à doença foi convocada para a manhã desta quarta-feira (29/1), no Teatro Calil Haddad.
O objetivo é mobilizar a comunidade e apresentar um plano de curto prazo para intensificar ações de prevenção.
A primeira morte que teria sido provocada pela dengue em Maringá é de uma mulher de 58 anos. Ela morreu em uma segunda-feira (20/1) com sintomas de dengue hemorrágica no Hospital Universitário (HU) de Maringá.
Um teste rápido feito no hospital confirmou a doença, mas são necessários mais exames para se confirmar a causa da morte.
A Secretaria de Saúde também investiga o caso de Deivid Eduardo Peres. Ele foi diagnosticado com dengue na terça-feira (21/01) e foi internado no hospital Santa Casa de Maringá no sábado (25/1).
O quadro se agravou no domingo (26/1) e Peres morreu no mesmo dia. De acordo com o hospital existe a suspeita de dengue hemorrágica, mas a suspeita só pode ser confirmada após exames laboratoriais.
O primeiro Índice Rápido para o Aedes aegypti (Lira) divulgado pela Secretaria de Saúde de Maringá na quinta-feira (23/1) também indica que a cidade apresenta alto risco de epidemia de dengue.
O índice está em 5%, cinco vezes superior ao aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e indica que de cada 100 imóveis, cinco apresentam criadouros do mosquito.
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