O primeiro Índice Rápido para o Aedes aegypti (Lira) divulgado pela Secretaria de Saúde de Maringá nesta quinta-feira (23/1) indica que a cidade apresenta alto risco de epidemia de dengue. O índice está em 5%, cinco vezes superior ao aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e indica que de cada 100 imóveis, cinco apresentam criadouros do mosquito.
A preocupação na cidade aumenta porque na segunda-feira (20/1) uma mulher de 58 anos morreu com sintomas de dengue hemorrágica no Hospital Universitário (HU) de Maringá. Um teste rápido feito no hospital confirmou a doença, mas são necessários mais exames para se confirmar a causa da morte. A investigação é conduzida pela Secretaria de Saúde do Paraná.
Somente nos primeiros 15 dias de 2020, segundo a Secretaria de Saúde de Maringá, foram registrados 77 casos positivos da doença em Maringá. Durante todo o ano de 2018, foram registrados apenas 15 casos positivos na cidade.
De acordo com as informações do Lira, a maior parte dos focos de dengue, 85%, foi encontrada em lixos, quintais e depósitos dentro das residências.
A Secretaria de Saúde de Maringá pretende intensificar o trabalho de conscientização da população sobre não deixar lixo e recipientes com focos. Também são preparadas atividades com alunos na volta às aulas, reuniões em setores diferentes, capacitações de servidores, mobilização do Comitê Contra Dengue, entre outras.
Boletim divulgado na terça-feira (21/1) pela Secretaria da Saúde do Paraná mostra que o Estado tem 7.618 casos confirmados, com um aumento de 4.846% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Paraná tem atualmente 24 cidades em situação de epidemia de dengue e há outras 27 em situação de alerta. Uma das medidas estaduais é a instalação de gabinetes de emergência pelo Comitê Intersetorial da Dengue no Paraná.
Todos os detalhes do primeiro Lira de 2020 podem ser acessados aqui.
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