Estatísticas divulgadas nesta terça-feira (8/10) pela Delegacia de Estelionato e Acidentes de Trânsito de Maringá mostra que 38 idosos foram vítimas de golpes apenas no mês de setembro na cidade. Os números preocupam, pois no mesmo mês do ano passado, foram registradas apenas duas ocorrências de golpe contra idosos.
O alvo são as pessoas com mais de 60 anos, que se tornam vítimas pela própria ganância em golpes como o do conto do bilhete, ou por desconhecimento, no caso do golpe do cartão clonado, cada vez mais comum.
O delegado Fernando Garbelini, da Delegacia de Estelionato e Acidentes de Trânsito de Maringá, explica que o conto do bilhete premiado é sempre aplicado por um golpista que se passa por uma pessoa simples que porta um suposto bilhete de loteria premiado. E o golpista pede ajuda para receber o prêmio, pois não sabe o que fazer.
Para ludibriar a vítima, um segundo golpista se aproxima e atesta a veracidade do bilhete. O falso ganhador pede ajuda para ir ao banco fazer o saque do prêmio e, em troca, oferece parte do dinheiro para a vítima, porém, pede uma quantia em dinheiro de garantia.
Depois disso, na primeira oportunidade os golpistas fogem levando o valor dado pela vítima. “Este é o golpe mais antigo que se tem registro e infelizmente ainda faz muitas vítimas, principalmente idosos”, afirma o delegado.
No golpe do cartão clonado, o delegado explica que os golpistas ligam para a vítima e fazem questionamentos sobre compras feitas com o cartão de crédito.
Diante da negativa sobre as supostas transações, os bandidos afirmam que o cartão de crédito foi clonado e que o banco precisa recolhê-lo para, em seguida, enviar um novo.
A vítima é orientada a colocar o cartão em um envelope junto com um papel com a senha para que um funcionário do banco possa fazer a retirada. Após a entrega do cartão e senha, os bandidos conseguem fazer compras e saques em nome da vítima.
A orientação, segundo o delegado, é estar sempre em alerta e desconfiar de histórias contadas por estranhos, seja pessoalmente ou por telefone.
“Além disso, é importante saber como o banco age em determinadas situações. Mandar um motoboy para retirar o cartão ou pedir a senha, por exemplo, são claras evidências de golpe. O banco jamais faz esse procedimento”, diz.
Outra forma de prevenção, de acordo com Garbelini, é o diálogo dos familiares com os mais idosos. “É preciso conversar, explicar e, sobretudo, acompanhar as movimentações financeiras e o uso do celular para evitar que se caia em fraudes”, orienta.
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