Ministério da Agricultura inclui marca maringaense entre azeites de oliva reprovados. Empresa fala em equívoco

Empresa de Maringá afirma que houve um equívoco do Mapa na divulgação da marca

  • A marca maringaense Paschoeto foi incluída na lista de 33 azeites de oliva que tiveram a venda suspensa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o ministério, o maior problema detectado nas análises foi a existência de uma mistura de óleo de soja e óleos de origem desconhecida.

    Por meio de nota, a Paschovino Comércio e Engarrafadora de Bebidas Ltda, responsável pela marca maringaense Paschoeto, afirma que houve um equívoco do Mapa na divulgação. Segundo a empresa, o lote analisado não foi coletado no mercado pelos fiscais, como parte da Operação Isis, iniciada em 2016 pelo Ministério, mas foi encaminhado para análise pela própria empresa.

    “Quando adquirimos esse lote enviamos uma amostra para o Ministério da Agricultura, pois até o momento o único laboratório credenciado era o Lanagro em Goiânia-GO. Não colocamos esse lote para a comercialização até o parecer do Mapa. Quando saiu o resultado do laboratório, de que o produto foi reprovado em alguns itens da instrução normativa 01 de 30/01/2012, a empresa armazenou o produto até o Mapa dar um destino para o descarte do produto ou a utilização para outros fins”, diz a nota.

    A empresa ponderou ainda que “quando ocorreu o fato, nos pronunciamos junto a superintendência do Mapa em Brasília, e esclarecemos que a empresa não teve o intuito em lesar ou prejudicar o consumidor, pois foi a empresa solicitou para o Mapa vir até o depósito da empresa para retirar amostra do produto para analise e que não foi o Mapa que recolheu no comércio para ser analisado. Na notícia apresentada, dá a entender que o lote foi coletado em uma fiscalização, diferentemente do que realmente aconteceu.”

    Segundo o Ministério da Agricultura, os resultados divulgados na quarta-feira (2/9) se referem a coletas realizadas em 2017 e 2018.

    Também segundo a nota divulgada pelo ministério, “o processo é lento pois envolve exames laboratoriais, notificações das fraudadoras, perícias, período para apresentação de defesa (podem apresentar dois recursos) e julgamento desses recursos e, duas instâncias administrativas”.

    No comunicado divulgado no site do Ministério, o coordenador de Fiscalização de Produtos Vegetais do Mapa, Cid Rozo, explicou que não existe mais estoque desses lotes reprovados no mercado. De acordo com ele, “os remanescentes foram destruídos após o julgamento dos processos administrativos”.

    Também de acordo com o Ministério, as fiscalizações que detectaram irregularidades fazem parte da Operação Isis, iniciada em 2016 pelo Mapa. Nesta etapa da operação foram identificados 59 lotes com irregularidades. Confira aqui a lista dos lotes e marcas de azeites com venda suspensa.

    A empresa Natural Alimentos se posicionou por meio de nota.

    “A Administração da Natural Alimentos afirma que a denúncia se refere a um lote inspecionado em 2017 e que o produto seguiu todas as tratativas exigidas pelo órgão fiscalizador.

    Lembra ainda que a marca Lisboa é utilizada em vários produtos e que nunca teve problemas de legalidade nas fiscalizações realizadas pelos órgãos competentes.

    A Administração da Natural Alimentos reafirma seu respeito aos consumidores, colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes e trabalha com a missão de produzir produtos de alta qualidade para facilitar a vida do consumidor.”

    • Reportagem atualizada no domingo (6/10/2019) com a nota da Natural Alimentos. 

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