Maringá registra o triplo de notificações de dengue em 2019 comparado a 2018. Índice médio de infestação é de 1,3%

Os focos mais comuns do Aedes aegypti em Maringá estão no lixo, com 49,6% das ocorrências

  • O secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, apresentou nesta segunda-feira (29/7) o terceiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRA) feito em 2019. O Índice Geral de Infestação Predial (IIP) foi de 1,3%, o que é considerado como risco médio para epidemia de dengue.

    “Temos que combater a dengue todos os dias. “Estamos chegando num momento crítico”, afirmou Biato. O alerta se justifica pelo clima cada vez mais quente, o que estimula a reprodução do mosquito transmissor da dengue.

    Os focos mais comuns do Aedes aegypti em Maringá estão no lixo, com 49,6% das ocorrências. A Vila Esperança foi apontada como a região mais característica do quadro de alerta, com 3% de IIP e 57,1% dos focos encontrados em lixos nas moradias e quintais.

    Maringá registrou 3.242 notificações de dengue em 2019, com 741 casos positivos e duas mortes. É mais que o triplo de notificações e mais de 50 vezes os confirmados do mesmo período em 2018. No ano passado foram 833 notificações e 13 casos positivos.

    Em 2019 foram três notificações de Zika Virus e 25 notificações e dois casos positivos de Chikungunya.

    Além do anúncio dos dados, também foi apresentada uma nova estratégia da Secretaria de Saúde no combate ao Aedes aegypti.

    Os casos foram mapeados por Unidade Básica de Saúde (UBS) e as equipes vão atuar com estas informações para atingir 100% das residências e não mais com ações separadas entre de Agentes Comunitários de Endemias (ACEs) e os de Saúde (ACSs).

    Cada diretor das 34 UBSs recebeu, pela primeira vez, um mapa com os dados como número de casos, origem de foco, agentes da UBS, entre outros. A equipe de 154 ACEs (entre agentes e supervisores) atuava antes em pontos de diferentes UBSs e agora estará focada em regiões específicas, sendo atuação e cobrança mais eficientes agora.

    Biatto determinou que os mapas sejam colocados em local visível na UBS para que todos vejam e se conscientizem do combate diário para reduzir os casos da doença. Por mês, aproximadamente 160 mil pessoas passam pelas 34 UBSs maringaenses.

    Também haverá uma equipe volante com nove agentes que atuará em casos pontuais. “Serão em casos de locais de difícil acesso ou bairros com muitas notificações”, informa a gerente da Vigilância de Zoonoses e Vetores, Suelen Teixeira Faria. As novas iniciativas começam a ser aplicadas no dia 1° de agosto.

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