Em quatro assembleias realizadas na quarta-feira (17/7), motoristas da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e das outras empresas que fazem o transporte rodoviário na região de Maringá, recusaram a proposta de reajuste salarial de 4,78% oferecida pelo sindicato patronal.
As empresas também ofereceram reajuste de 9,56% no vale-alimentação e 4,78% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mas não foi suficiente. Insatisfeitos com a proposta, os motoristas ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) aprovaram estado de greve.
De acordo com o secretário geral do sindicato, Emerson Silva, o principal ponto que levou a categoria a recusar a proposta foi o reajuste do vale-alimentação. Os motoristas querem que o vale, que é de R$ 90, seja de no mínimo R$ 150.
Segundo ele, outro índice que não ficou explicado para a categoria é o reajuste salarial de 4,78%. “No ofício que a empresa recebeu do município em que autoriza o reajuste da tarifa, está autorizado o reajuste da inflação do período, que é o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor], para os salários dos funcionários. Entretanto, não está claro se esse percentual é de 5,07% ou 4,78%”.
De acordo com Emerson Silva, a TCCC deve ser notificada do resultado da assembleia ainda nesta quinta-feira (18/7). O sindicato também pretende pedir para que o município informe qual o índice que deve ser utilizado para o reajuste. A expectativa é que uma nova rodada de negociações com a empresa ocorra na próxima semana.
O diretor executivo da TCCC, Roberto Jacomelli, informou na manhã desta quinta-feira que a empresa não foi notificada pelo sindicato e por isso não vai se pronunciar. Ele explicou apenas que o índice correto é de 4,78%. De acordo com os dados do IBGE, 5,07% foi o acumulado no mês de abril e 4,78% no mês de maio. A data-base da categoria venceu no dia primeiro de junho.
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