Após a contaminação de um dos lagos do Parque do Japão, que levou à morte de quase 300 carpas em cerca de 20 dias, a Prefeitura de Maringá vai instalar filtros próximo às nascentes que abastecem os lagos. Laudos iniciais indicam a possibilidade de contaminação do lago por resíduos de gesso e soda cáustica.
No dia 13 de junho, os peixes que sobreviveram foram transferidas do lago maior, que estava contaminado, para o lago menor, onde foram instalados aeradores para garantir a oxigenação. Eles também passaram a ser medicados com antibióticos, por meio da ração.
A equipe da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) retirou a água do lago maior e, na quarta-feira (26/6), inicia o processo de limpeza e retirada dos materiais contaminados.
“O lago está sem água, mas o solo ainda não está seco, então precisamos aguardar até quarta-feira para poder entrar com o trabalho de descontaminação e remover tudo o que está ali. Temos que colocar a máquina dentro do lago para retirar as pedras e juntar em um canto. Depois, a retirada de todo esse material do parque vai ter que ser manual, então é um trabalho minucioso, que leva tempo”, explica a diretora da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) e do Parque do Japão, Maria Ligia Guedes.
O parque está aberto para visitação, mas a área próxima ao restaurante e ao lago maior permanece interditada. Segundo a diretora do local, o objetivo é fazer toda a limpeza sem precisar interromper a visitação.
Após o processo de limpeza e descontaminação do solo do lago, a Prefeitura de Maringá vai instalar filtros próximo às nascentes que abastecem os lagos do Parque do Japão.
“Estamos buscando uma maneira de instalar filtros na nascente, assim não vai mais contaminar a água, porque ela vai passar por ali e sair potável. Como a gente ainda não sabe quem causou e como causou, vamos nos cercar de todos os meios para que isso não torne a acontecer. É uma medida preventiva, porque não adianta fazer todo o trabalho de descontaminação se esse produto contaminado continuar entrando”, ressalta Maria Lígia.
A Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema) intensificou o trabalho de fiscalização em empresas próximas do Parque do Japão para tentar identificar possíveis situações irregulares relacionadas a descarte de resíduos.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a UniCesumar, instituições parceiras do Parque do Japão, fazem a análise de material coletado para identificar as substâncias tóxicas. A pedido da prefeitura, a Sanepar também coletou amostras da água contaminada para análise.
De acordo com Maria Lígia Guedes, a grande preocupação é com a saúde e segurança das carpas, que estão no lago menor. “O objetivo é fazer todo o processo de descontaminação e instalação dos filtros o mais breve possível, para que as carpas voltem para o lago maior, porque daqui uns dias inicia o período de desova. No momento, elas estão no lago menor. Retiramos os peixes invasores, instalamos aeradores e monitoramos toda hora”, acrescenta.
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