Aluna de Física da UEM é selecionada para participar de programa no Vale do Silício. Ela precisa de ajuda para ir

Vaquinha online é a única alternativa para a aluna de Física da UEM realizar o sonho de aprender mais nos Estados Unidos.

  • Nádia Dias, 18, aluna de Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi uma das 500 pessoas selecionadas para participar de um programa de empreendedorismo e inovação chamado TrepCamp, no Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos.

    A seleção entre mais de 30 mil candidatos foi uma conquista, mas sem recursos para ir em busca de conhecimento e qualificação, ela corre o risco de perder a viagem. A família não tem condições de arcar com as despesas. 

    A alternativa criada pela empreendedora Nádia Dias foi criar uma uma vaquinha online e sair em busca de ajuda para realizar o sonho. A experiência oferecida no Vale do Silício, sede de muitas das principais empresas de alta tecnologia do mundo, é de três semanas de imersão em empreendedorismo e inovação.

    Natural de Santo Anastácio, interior de São Paulo, Nádia Dias mora em Sarandi desde 2011. Desde o primeiro ano do Ensino Médio, a jovem estuda para ganhar uma bolsa em programas internacionais. Segundo ela, o grande desafio era conciliar o sonho com as atividades escolares e o estudo para o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para isso, a jovem ia dormir às 2h e acordava às 5h30, todos os dias.

    Aos 15 anos, Nádia Dias fez a primeira tentativa: se candidatou para participar de um curso de empreendedorismo social e desenvolvimento sustentável da Universidade Yale, que duraria cerca de duas semanas. A família gastou R$ 200 com a inscrição, mas a jovem não foi selecionada.

    Mesmo desapontada, ela não desistiu de tentar outros programas internacionais. A estudante conta que guardou a carta de recusa da Universidade Yale na gaveta, e usou como incentivo para estudar ainda mais.

    Nádia Dias fez o Ensino Médio nos colégios Jardim Universitário e Helena Kolody, em Sarandi. Apaixonada por Química e Física, escolheu Física e foi aprovada nos vestibulares da UEM e da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

    Optou pela UEM para ficar perto da família e economizar com os custos de moradia. Em abril de 2019, soube que as inscrições para o TrepCamp estavam abertas, resolveu tentar.

    “Na minha cabeça, não seria selecionada para o TrepCamp, mas pensei: o ‘não’ eu já tenho, vou tentar. Respondi o questionário online e no dia 1º de junho, recebi um e-mail, que já começava me parabenizando e dizia que tinha sido selecionada. Mandei mensagem para uma amiga de Brasília, que também foi selecionada, para perguntar se era verdade mesmo. Até hoje não caiu a ficha”, conta.

    No dia 1º de junho, Nádia Dias soube que foi uma das 500 pessoas selecionadas para participar do TrepCamp, no Vale do Silício / Arquivo Pessoal

    Nádia conta que a família não tem condições financeiras para arcar com os gastos da viagem. A mãe, Solange dos Santos Dias Mendes, trabalha como zeladora em uma instituição de ensino superior de Maringá, e o padrasto, Valdemir Ribeiro Mendes, é metalúrgico. A estudante tem duas irmãs, uma de nove e outra de 13 anos.

    Como a bolsa obtida cobre apenas 20% das despesas da viagem, Nádia vai precisar arcar com cerca de R$ 25 mil. O valor inclui a taxa de matrícula, passagens de avião e táxi, hospedagem e alimentação. A vaquinha online é a única alternativa para a aluna de Física da UEM conquistar o objetivo.

    E não está nada fácil. Até o momento, a jovem arrecadou R$ 150, o que corresponde a apenas 0,6% do valor total. Para conseguir viajar para os Estados Unidos, a estudante precisa conseguir o dinheiro até o dia 30 de junho. O TrepCamp inicia no dia 22 de julho.

    “Jamais imaginei que eu, neta de ativistas do Movimento Sem Terra (MST), teria a oportunidade de estudar durante três semanas no Vale do Silício, o maior polo tecnológico do mundo. Cheguei até aqui com o apoio da minha família, e porque sempre me dediquei muito. O TrepCamp vai agregar muito ao meu currículo, além da experiência que vou adquirir lá”, conta Nádia Dias.

    Quando terminar a graduação, Nádia Dias pretende fazer mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Grupo de Biofotônica, ou em alguma universidade do Canadá. Seu maior sonho é viver de pesquisa. “Quero trabalhar como pesquisadora de biofotônica, que é o estudo da radiação do tecido biológico para tratamento de doenças. Também tenho vontade de dar aulas”, conta a jovem.

    Acesse aqui o link para ajudar a estudante com qualquer valor. Quem quiser conhecer melhor a história da aluna de Física Nádia Silva, é só entrar em contato com ela por e-mail: [email protected] ou por telefone/WhatsApp no (44) 999757557.

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