Secundaristas, alunos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e sindicatos vão se juntar a estudantes de todo país para uma mobilização nacional na quarta-feira (15/5) contra medidas anunciadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Na pauta da mobilização estão o corte de verbas na educação, o contingenciamento de recursos nas universidades federais e a suspensão de bolsas de pesquisa.
No Paraná, o movimento estudantil também protesta contra a Desvinculação de Receitas de Estados e Municípios (Drem). Com a medida, o Governo do Estado retém 30% dos rendimentos próprios das universidades estaduais, o que causa forte impacto financeiro nas instituições.
O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas, o Lepac da UEM, por exemplo, corre o risco de paralisar as atividades, já que os recursos retidos são utilizados para manutenção dos serviços.
Nesta terça-feira (14/5), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEM realizou uma mobilização interna na instituição com confecção de cartazes e conscientização dos estudantes. Para protestar contra as medidas dos governos estadual e federal, o DCE vai se juntar a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de Maringá em uma manifestação conjunta na quarta-feira, às 9h, no Ginásio Chico Neto.
De acordo com a presidente da Umes e estudante do curso técnico em logística do Instituto Estadual de Educação de Maringá, Barbara Segantine, a ideia é que, após se reunirem no Ginásio Chico Neto, os estudantes realizem uma passeata pela Avenida Brasil.
“O ato é contra os cortes na educação e o desmonte em geral. A educação vem sendo sucateada há muito tempo no Brasil, por parte do governo federal e pelos governos estaduais também. O ato vai mostrar nossa indignação e pedir que o governo nos mostre soluções do que pretende fazer”, explicou a presidente da Umes.
Também está previsto outro protesto, na quarta-feira às 17h, em frente à Biblioteca Central da UEM. Logo após a concentração, os estudantes vão se deslocar para a Avenida Colombo. O membro do DCE e estudante de Letras na UEM, Roberto Araújo, também disse que o foco da mobilização vai ser o sucateamento e os cortes dos recursos das universidades.
O DCE pretende se mobilizar contra o contingenciamento de recursos por parte do Governo do Estado e dar visibilidade aos problemas enfrentados pelo Hospital Universitário de Maringá (HUM) e o Lepac da UEM. No entanto, o protesto também vai levantar outros temas como a reforma da previdência.
“Entendemos que querem nos usar como moeda de troca para aprovar a reforma da previdência, pois o Ministro da Educação Abraham Weintreaub afirmou que desbloqueia o contingenciamento caso a reforma seja aprovada. O Eduardo Bolsonaro postou no Twitter que haverá fôlego para educação apenas se a reforma for aprovada. Sendo assim, a reforma da previdência será algo que levantaremos contra”, disse Roberto Araújo.
Pelo Facebook, mais de 2 mil pessoas confirmaram presença nos protestos. Além dos estudantes, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Paraná de Maringá (APP-Sindicato) também organiza um ato na quarta-feira contra os cortes na educação e contra a reforma da previdência. O protesto começa às 17h na Praça Raposo Tavares.
A Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem) decide nesta terça-feira (14/5), em assembleia às 14h, como vai participar da mobilização nacional.
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