Dados do sistema informatizado e criado pela Prefeitura de Maringá dentro do Plano de Gestão da Arborização Urbana de Maringá, que foi batizado de SEMAÁRVORES, mostra que de 65.540 árvores cadastradas, 64,5% pertencem a apenas dez espécies.
Calcula-se que Maringá tenha cerca de 130 mil árvores e o objetivo é concluir o cadastro nos próximos meses. Com base em estudos anteriores e outras análises, a avaliação é que a amostra existente reproduz bem o quadro total da arborização.
As espécies que predominam em Maringá são apenas um detalhe de um amplo estudo que a população é agora convidada a participar. Foi aberta a consulta pública do Plano de Gestão da Arborização Urbana de Maringá até o dia 29 de abril. Os dados do estudo, bem como as orientações sobre quais as espécies que vão ser plantadas a partir de agora em cada rua da cidade podem ser conhecidas neste link.
As sugestões precisam ser feitas agora. Depois, o Plano de Gestão da Arborização vai nortear as ações de arborização da administração municipal pelos próximos 20 anos.
“O maringaense vai obter informações sobre a seleção de espécies para cada bairro e poderá propor sugestões que serão avaliadas tecnicamente”, ressalta o presidente da comissão de elaboração do plano e engenheiro florestal da Secretaria de Meio Ambiente, Maurício Sampaio. “Diferente de outros planos municipais, o de Maringá está aberto e possibilita o diálogo com a comunidade”, acrescenta.
Além do quantitativo das espécies o Sistema SEMAÁRVORES mostra outros dados interessantes. Do total de árvores registradas, 28,78% das árvores de vias públicas têm altura superior a 10 metros, o que nos próximos anos será aumentado devido a maioria das espécies terem o potencial de crescimento ainda em desenvolvimento.
Outra informação é que 11.949 (18,23%) são jovens, enquanto que 53.591 (81,77%) são consideradas regulares. No estudo, não há um dado exato de quantas destas 65,5 mil árvores registradas estariam condenadas.
O que o plano considera é que nos últimos oito anos aumento a quantidade de árvores que caem em tempestades, com registro de mais de 100 árvores em um único dia.
Os estudos apresentados mostram que “a atualização de dados executada para composição do SEMAÁRVORES não traz dados analisando a condição geral das árvores, pois trata-se de dado de coleta complexa que necessita de verificações de grande amplitude in loco”.
Mas algumas análises feitas contribuem para a análise das condições gerais como a exigência de cupins e, principalmente, troncos tortos. Dentro deste contexto, das 65,5 mil árvores registradas, estima-se que 15,7% estejam com parâmetros evidentes de condições gerais ruins.
“Cabe ressaltar que essa porcentagem deve ser muito superior, já que muitos parâmetros que indicam condições ruins não foram averiguados”, pondera o estudo. O que se sabe, é que há muito trabalho a ser feito para manter a arborização que é orgulho de Maringá.
Dez espécies dominantes entre 65,5 mil registradas
- Sibipiruna – 17538 unidades – 26,76%
- Oiti – 7638 unidades – 11,65%
- Ipê-roxo – 5152 unidades – 7,86%
- Tipuana – 3244 unidades – 4,95%
- Alecrim – 1965 unidades – 3,00%
- Falsa-murta – 1907 unidades – 2,91%
- Aroeira-chorão – 1729 unidades – 2,64%
- Grevílea – 1290 unidades – 1,97%
- Ipê-branco – 1099 unidades – 1,68%
- Pata-de-vaca – 1029 unidades – 1,57%
TOTAL 42591 – 64,99%
Acesse aqui o Plano de Gestão da Arborização, a relação das espécies selecionadas e os locais indicados para o plantio de cada espécie.
Comentários estão fechados.