O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) organizou protesto no final da manhã desta quarta-feira (20/3), em frente à reitoria da instituição, para cobrar ações efetivas da universidade. Segundo os organizadores, 60 pessoas participaram do ato.
Os estudantes cobram a desburocratização do edital de fornecimento de auxílio alimentação para alunos da universidade em situação de vulnerabilidade socieconômica.
O edital aberto pela Diretoria de Assuntos Comunitários (DCT) prevê a concessão de 180 benefícios, que consistem no fornecimento de um almoço e um jantar gratuitos por dia no Restaurante Universitário. Para participar da seleção, os estudantes devem comprovar rende familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio.
Além disso, o edital estabelece que os alunos devem apresentar uma série de documentos para comprovar que se encaixam nos requisitos, como declaração de rendimento, documentos pessoais do candidato e dos demais membros da família e entre outros documentos. As inscrições ficaram abertas por 10 dias, entre 11 e 20 de março.
Para o estudante de Artes Visuais, César Augusto Ferreira, a quantidade de documentos tornou o sistema burocrático, o que pode inviabilizar a participação de alunos em situação de vulnerabilidade e que deveriam ser atendidos pelo edital. Ele também disse que o prazo estabelecido pela reitoria para comprovar a situação de vulnerabilidade foi curto.
“O prazo curto e a burocracia elevada tornaram o processo contraditório. Eu abro um benefício para o estudante que precisa, mas burocratizo para dificultar o acesso”, disse César Ferreira.
Segundo ele, o protesto foi necessário porque que as reuniões com a reitoria não resolveram esse e outros problemas. “Só diálogo não resolve, precisamos de ações mais efetivas”, afirmou.
A coordenadora de finanças do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Caroline Ferreira, explicou que o protesto também cobra para que a reitoria se posicione e formule ações efetivas para resolver o cancelamento dos ônibus que traziam alunos de Sarandi para estudar na UEM. “Ele [o reitor] foi omisso porque não se manifestou e nós tivemos que procurar ele, sendo que a obrigação do reitor é manter o diálogo com todos os setores”.
O prefeito de Sarandi, Wlater Volpato (PSDB), afirmou que cancelou o transporte após ser notificado pelo Ministério Público. Cerca de 80 alunos matriculados na UEM e mais 170 de outras instituições privadas de ensino superior de Maringá dependiam do serviço.
A UEM foi procurada, por meio da assessoria de imprensa, e o Maringá Post aguarda o posicionamento da instituição.
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