Nesta quinta-feira 14 de março de 2019, quando o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes completa um ano, o coletivo organizado por jovens negros Yalodê-Badá e o PSOL organizam um ato em Maringá pela memória de Marielle, contra o racismo e o genocídio negro.
O ato vai começar às 17 horas na Praça Napoleão Moreira da Silva. Em todo o Brasil, movimentos sociais também organizam protestos para pedir que as investigações encontrem os mandantes da execução.
Na terça-feira (12/3) dois acusados de serem os executores da vereadora foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que Marielle foi morta por causa de uma “repulsa” do atirador Ronnie Lessa à atuação política da vereadora em defesa das minorias, mas não descarta que o crime possa ter sido encomendado. Esses aspectos vão ser abordados na segunda fase da investigação, que está sob sigilo.
Para a estudante de Ciências Sociais e membro do Yalodê-Badá, Daniara Thomaz, além de pedir justiça pelo assassinato da vereadora, o ato também protesta contra o preconceito e o genocídio negro, bandeiras também levantadas por Marielle. “Antes dela ser uma figura política, ligada a um partido, ela era uma militante, não só da população negra, mas da população LGBT também.”
Organizado pelas redes sociais, o ato traz à tona dados importantes sobre a população negra no Brasil. Números do Mapa da Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e que foram apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2017, revelam que a cada 23 minutos um jovem negro morre no Brasil.
O protesto vai ser concentrado na praça e vai contar com apresentações do Movimento Baque Mulher Maringá e outras performances artísticas. De acordo com Daniara, o ato é apartidário e marca um dia importante para a população negra.
“É um dia de luto, mas também de luta para combater questões como o racismo que a gente enfrenta diariamente”, afirmou.
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