Na terça-feira (19), às 14 horas, no Colégio Paraná, o Programa Vida no Trânsito (PVT) de Maringá vai apresentar os resultados de 2018. No relatório, constam informações sobre os óbitos registrados no perímetro urbano da cidade durante o ano passado.
O Programa Vida no Trânsito foi criado com o objetivo de reduzir o número de vítimas de acidentes de trânsito. Para isto, trabalha com a sistemática de captação e análises de cada ocorrência registrada nas vias públicas municipais.
São analisadas informações sobre as características dos acidentes para fornecer subsídios a todos os órgãos e setores na qualificação em técnicas de prevenção contra as ocorrências.
Em abril de 2018, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), foram apresentados os resultados das ações do primeiro ano de funcionamento na cidade. O grupo reúne autoridades políticas ligadas ao trânsito, pesquisadores e membros da Comissão de Análise de Dados do PVT no município.
A UEM é representada pelas professoras Débora Moura e Thais Mathias, do Departamento de Enfermagem. Débora Moura tratou sobre este tema na tese de doutorado defendida em 2017, pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da UEM.
Na pesquisa, além de analisar informações de Maringá, a doutora fez uma análise espacial para saber quais eram as regiões da cidade com prevalência de mortes no trânsito. Foram investigados óbitos ocorridos nos últimos 34 anos nos 399 municípios do Paraná com o objetivo de saber como ficou a conjuntura após a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e da adoção da Lei Seca.
História do Programa Vida no Trânsito
O marco inicial do Programa Vida no Trânsito (PVT) foi a iniciativa proposta pela Blomberg Philanthropies denominada “Road Safety in Tem Countries (RS 10)”, atualmente conhecida por Bloomberg Global Road Safety Program (Programa Global de Segurança Rodoviária da Bloomberg).
O compromisso assumido foi o de investir 125 milhões de dólares em dez países, de média e baixa renda, que apresentassem o maior índice de mortalidade causada pelo trânsito entre todas as nações do mundo.
Em 2009, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, recebeu o convite e aceitou a adesão do Brasil ao Programa. O PVT tem o objetivo de promover intervenções efetivas de segurança no trânsito com evidência na redução das mortes e feridos graves.
As ações prioritárias estão focadas no uso do cinto de segurança, redução de velocidade, aprimoramento da legislação e aumento da fiscalização sobre “beber e dirigir”, uso de capacete, transporte urbano sustentável e na melhoria da infraestrutura viária.
No Brasil, o Programa teve início em 2010, com o nome de “Programa Vida no Trânsito”. É coordenado pelo Ministério da Saúde, em cooperação técnica com a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS). Uma Comissão Interministerial foi estruturada para apoiar as ações do PVT no Brasil.
O Programa foi implantado, inicialmente, em cinco capitais: Palmas, Teresina, Belo Horizonte, Curitiba e Campo Grande, cada uma representa uma das cinco macrorregiões do país.
As principais diretrizes da metodologia do PVT são o planejamento participativo, a descentralização administrativa e a intersetorialidade.
Em meados de 2017, Maringá aderiu ao “Projeto Vida no Trânsito”, em apoio à iniciativa internacional coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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