UEM planta 12 mudas para repor espécies cortadas irregularmente. Sema calcula valor da multa

Foram plantadas espécies iguais e no mesmo local, entre os blocos G-56 e H-67.

  • A Universidade Estadual de Maringá (UEM) plantou 12 árvores na manhã desta sexta-feira (1/2) para repor as plantas cortadas irregularmente dentro da instituição. Foram plantadas espécies iguais e no mesmo local, entre os blocos G-56 e H-67. Porém, a Secretaria de Meio Ambiente e Bem-estar Animal (Sema) disse que são 14 árvores cortadas dentro do câmpus.

    O plantio das mudas ocorre um dia após a Sema anunciar que vai  multar a universidade pelo corte irregular das árvores. A multa varia de R$ 1 mil a R$ 10 mil por árvore. Entre as espécies cortadas está o pau-brasil, árvore símbolo do país e protegida por estar em extinção. A árvore foi plantada em 1994 para marcar a 30ª turma do curso de Zootecnia da UEM. Uma muda da mesma espécie foi a primeira a ser plantada nesta manhã.

    De acordo com o gerente de Fiscalização Ambiental da Sema, Erival Adorno, a secretaria vai terminar o relatório e definir o valor final das multas até o final da tarde desta sexta-feira. Ele também afirmou que a universidade vai precisar plantar mais mudas do que o total de árvores cortadas para reparar o dano ambiental.

    “Não é só repor as 12 árvores que estará resolvido. Foram cortadas 14 árvores, vamos analisar quantas são nativas, verificar o valor das multas e definir quantas devem ser repostas”, explicou Erival Adorno. Após ser notificada, a UEM terá 30 dias para apresentar a defesa.

    A vice-presidente do Comitê Gestor Ambiental da UEM, Elenice Tavares Abreu, disse que apenas neste ano o Parque Ecológico já plantou 48 árvores no câmpus. Ela também afirmou que o plantio das 12 mudas vai fazer apenas a compensação imediata do dano. “Provavelmente, depois o responsável vai ter que fazer uma compensação também”.

    Os cortes geraram polêmica entre a comunidade universitária e defensores da causa ambientalista. Um abaixo-assinado foi organizado pela internet com objetivo de denunciar e impedir o corte das árvores. Em nota, a instituição afirmou que os cortes ocorreram sem o consentimento da Prefeitura do Câmpus (PCU), órgão responsável por esse tipo de serviço.

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