Em 2018 já caíram 624 árvores em Maringá e gastos com indenizações chegam a R$ 322 mil. Plano de Arborização fica pronto em 2019

  • O Plano Gestor de Arborização Urbana de Maringá (PGAU) está em andamento e deve ajudar o Município a resolver um problema recorrente nos tempos chuvosos: a queda de árvores. O Censo da Árvore, pesquisa realizada em 2004/2005, apontou que 35% das árvores de Maringá, das 108 mil catalogadas no levantamento, precisavam de um manejo urgente porque estavam doentes. Atualmente, a cidade tem cerca de 120 mil árvores.

    É nesse cenário que a cada chuva forte caem árvores por toda a cidade. Só este ano já caíram 624 árvores. Além do risco para os moradores, as quedas representam custos para a prefeitura. Em 2017, o Município gastou R$ 437 mil em indenizações por queda de árvores e em 2018, até outubro, já foram R$ 322 mil.

    Em andamento desde março de 2017 e com previsão de ficar pronto em 2019, o Plano de Arborização vai definir regras para a gestão de tudo o que for relacionado à arborização em Maringá. Uma comissão de 40 especialistas, entre engenheiros civis, florestais e agrônomos, geógrafos, biólogos e arquitetos, trabalha voluntariamente no projeto.

    O engenheiro Agrônomo Osvaldo Danhoni é o representante do Crea-PR na comissão. Ele diz que o estudo é complexo porque o projeto tem que prever tudo, plantio, poda, corte e até destinação dos resíduos das árvores retiradas. “O Plano é inédito, diferente de tudo que já foi feito em outros municípios, elaborado para atender as demandas de arborização de Maringá”.

    Ele explica também que a arborização de Maringá foi feita há 40/50 anos atrás, com a prevalência de árvores grandes como a Sibipiruna. “Uma árvore tem uma vida útil muito grande e depois do Plano vai haver uma lista de espécies que podem ser plantadas. A escolha foi com base em pesquisas, na expectativa de que essas novas árvores se adequem bem à urbanização”. Em 2018, 2.476 novas árvores foram plantadas na cidade.

    Entenda a criação do Plano de Arborização

    Os profissionais envolvidos na construção do Plano Gestor de Arborização Urbana de Maringá (PGAU) foram divididos em sete grupos, veja quais são:

    • Histórico: levanta os eventos relacionados a arborização no município
    • Diagnóstico: responsável pela montagem de um banco de dados geoferenciados da arborização e pelo novo Censo da Árvore iniciado em janeiro
    • Legislação: responsável por criar uma lei municipal que assegure a aplicação do plano por todos os gestores de Maringá
    • Educação Ambiental: vai planejar e elaborar ações de conscientização sobre o tema
    • Matéria-prima: avalia o correto uso dos materiais gerados pela arborização
    • Cadastros: terá que integrar o sistema de dados dos serviços de arborização com o 156

    (Com informações da Assessoria de Imprensa do CREA/PR – Regional Maringá)

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