A distribuição de um panfleto da APP-Sindicato, intitulado “Carta Aberta aos Pais, Mães e Estudantes” em pelo menos dois colégios estaduais convidando as pessoas a comparar os projetos para a área de educação dos dois candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) nesta quinta-feira (25/10) foi parar na Justiça Eleitoral.
A partir da bronca da mãe de um aluno do Colégio Estadual Silvio Magalhães Barros, a promotora da 137ª Zona Eleitoral, Alessandra Sandri Klock do Passo, tomou conhecimento do caso, entendeu que há irregularidade na distribuição do material em escola e confirmou que o levou ao conhecimento do juiz eleitoral. Ela não revelou o que foi pedido.
Professora não vê problema em panfleto
O panfleto foi distribuído na quarta-feira (24/10) no Colégio Silvio Barros pela professora Vilma Garcia da Silva, presidente da APP – Sindicato de Maringá. Segundo ela, “não há irregularidade na entrega do panfleto, porque se trata de um material explicativo, que dá visibilidade às propostas dos dois candidatos e não pede voto”.
A vice-diretora do colégio, Adélia Rodrigues, discorda. Disse que o panfleto foi distribuído sem autorização e que “não deveria ter chegado às crianças, pois é um material destinado aos professores”. Ela concordou que “os recortes foram tendenciosos e privilegiando” um candidato e disse que vai pedir para os professores não se posicionarem em sala de aula.
A mãe do aluno que foi ao colégio, Eliane Cristina da Rocha, disse que ficou revoltada “ao ver que se tratava de um panfleto tendencioso, que passa a imagem negativa de um e positiva de outo”. Acrescentou que mesmo se o material não fosse tendencioso, “é errado distribuir dentro de sala de aula”. Fazer campanha eleitoral em escolas é proibido por lei.
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