Congresso Médico de Maringá discute o uso da tecnologia na medicina. Serão mais de 30 palestras entre 11 e 13 de outubro

  • Com o avanço tecnológico, o que deve mudar na Medicina? E na relação entre médico e paciente? Essas e outras questões serão discutidas no I Congresso do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) e no Congresso Médico de Maringá.

    Voltados para estudantes e profissionais da área, os dois eventos ocorrem simultaneamente entre quinta-feira (11/10) e o próximo sábado (13) no Vivaro Eventos. Serão mais de 30 palestras com médicos do Brasil e de outros países que falarão sobre “A Medicina do Futuro”, tema dos eventos.

    Entre os assuntos abordados no congresso estão o uso de inteligência artificial na medicina, nanotecnologia, uso da realidade virtual estendida, construção de órgãos em impressora 3D e medicina humanitária e de catástrofe.

    Organizado por estudantes do Centro Acadêmico de Medicina de Maringá (Camem) e o HUM, em parceria com a Uningá e Unicesumar, o congresso comemora os 30 anos do curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá e do Hospital Universitário de Maringá.

    Os ingressos do primeiro lote custam R$ 190 para estudante de graduação, R$ 230 para estudante de pós graduação ou residentes e R$ 310 para profissionais. As inscrições podem ser feitas no site do evento.

    Para a estudante do terceiro ano de Medicina e presidente do Centro Acadêmico, Beatriz Kaway, o congresso é uma oportunidade para os futuros profissionais da área conhecerem as novidades tecnológicas da medicina que não são abordadas durante a graduação.

    “É importante estar sempre se atualizando e conhecendo temas diferentes que, muitas vezes, não tem na nossa carga horária. É uma coisa a mais, que pode acrescentar no nosso currículo, além de ser uma oportunidade de integração com outros alunos e compartilhar experiências”, disse a estudante.

    Para Beatriz, o impacto da tecnologia na medicina não é totalmente ruim.“Nessa questão, tem dois lados: o primeiro é que tem muita coisa boa de avanço nas tecnologias que trazem muitos benefícios. Um ponto negativo é que os pacientes com muito acesso a informação pesquisam no Google antes de ir na consulta.”

    Aos 20 anos, Beatriz arriscou um palpite de como será a medicina no futuro e como deverá pautar o trabalho quando se tornar médica. “Acho que a medicina será de muitos desafios, principalmente em aliar tecnologia e relação com o paciente. Outro ponto, é estar sempre atualizado com as novas técnicas sem se esquecer do cuidado e da relação com o paciente, que é tão importante”, disse.

    Impressão de Órgãos é um dos temas do evento

    Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Ezequiel Zorzal tentará relacionar a área em que trabalha com a medicina. O professor adjunto no Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de São Paulo (ICT/Unifesp) falará sobre realidade virtual e realidade estendida.

    A realidade virtual é a imersão do ser humano no mundo virtual por meio de ferramentas computacionais enquanto a aumentada permite a interação entre mundo físico e virtual. Durante a graduação, esses sistemas podem ajudar os alunos na análise das estruturas do corpo humano.

    Na prática médica, estes métodos podem ser utilizados no tratamento de fobias. Com a realidade estendida, por exemplo, o paciente pode ser exposto aos ambientes que tem algum tipo de medo, sem oferecer risco.

    Outro palestrante de engenharia elétrica é Jorge Vicente Lopes, fundador da área de tecnologias 3D do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer. No CTI Lopes desenvolveu programas relacionados a tecnologia 3D na área médica e indústria científica. Na palestra ele irá discutir a possibilidade da medicina ter órgãos impressos.

    Na área da saúde, as impressoras 3D são usadas na impressão de próteses, cirurgias de reconstrução facial e para a impressão de modelos de estruturas humanas, dispensando os cadáveres dos cursos de medicina. As impressoras também trabalham na impressão de pele artificial para testes de cosméticos, o que já aumenta e expectativa que os órgãos impressos podem estar próximos de se tornarem realidade.

    Além de abordar tecnologia e corrupção, o congresso também discute a saúde mental dos estudantes e profissionais da área. Um dos palestrantes é o coordenador do Ambulatório de Psiquiatria do Centro Integrado de Atendimento à Vítimas de Acidentes do Hospital Universitário de Santa Maria, Vitor Crestani Calegaro. Ele é um dos responsáveis pelo atendimento das vítimas do incêndio da boate Kiss em 2013.

    • Serviço
      O que: Congresso Médico de Maringá e 1º Congresso do HURM
      Quando: 11, 12 e 13 de outubro
      Onde: Vivaro – Avenida Virgílio Manilia, 21784 – Jardim Ouro Cola – Maringá

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