A rebelião na Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) está controlada de acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). Por meio de nota, a instituição afirma que o motim que começou por volta de 9h30 desta quinta-feira (4/10) está em “situação controlada e isolada na 7ª Galeria”.
Como nenhum dos reféns – um agente penitenciário e dois presos – foram soltos, as negociações continuam, conduzidas por equipes do Serviço de Operações Especiais do Depen (SOE) e por policiais militares do Batalhão de Choque. Por volta das 15h, uma equipe do BOPE chegou à penitenciária. A PM não soube informar quantos policiais participam da ação.
Por enquanto não há informações sobre feridos, mas por volta das 12h30 um médico chegou à PEM com o Corpo de Bombeiros para atender ao agente feito refém. O diretor do Sindicato do Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Vilson Brasil, contou que o agente inalou muita fumaça e passou mal. “Os detentos exigem transferências e só quando as negociações terminarem é que vamos saber a real situação do colega”, lamentou.
A Polícia Militar não confirmou quais são as reivindicações dos presos. Na Galeria 7, onde ocorre a rebelião, estão 70 detentos de acordo com o Depen. Em um áudio gravado de dentro da PEM, um preso afirma que nesta ala estão integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil. Ouça o áudio:
Presos se rebelam pela terceira vez em 22 anos
Criada em 1996, a Penitenciária Estadual de Maringá enfrenta uma rebelião de presos pela terceira vez. A primeira foi em abril de 2010 e durou pouco mais de quatro horas. Um agente penitenciário e dois detentos foram feitos reféns. Ninguém ficou ferido. Para as negociações foram chamados um juiz e uma promotora pública.
Já a segunda vez foi há quatro anos, em 2014, também em outubro. O motim durou mais que a primeira, foram 17 horas de tensões e negociações. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns e ninguém ficou ferido. Essa foi uma das diversas rebeliões que tomaram conta das penitenciárias do Paraná em 2014.
Atualmente, a PEM tem 455 presos, de acordo com o Depen, e foi construída para 360. Tem uma área construída de 6.190 m² em um terreno de 24.210 m². A estrutura inclui 60 celas, guaritas, galerias, solários, refeitórios, salas de aula, salas de atendimento, cozinha, panificadora, lavanderia, consultório médico, odontológico e área íntima.
A PEM é considerada uma penitenciária de segurança máxima e fica no limite entre os municípios de Maringá e Paiçandu.
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