Maringá é a terceira maior cidade do Paraná em geração de empregos em agosto. Foram 6.101 admissões e 5.671 desligamentos, gerando um saldo de 430 novas vagas de trabalho formal. O resultado positivo foi puxado pelo setor de serviços, principalmente na área de educação. Já a construção civil demitiu mais do que contratou.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor de serviços gerou 286 novos empregos com carteira assinada. Foram 2.974 admissões e 2.688 desligamentos. A maior parte das contratações vem do subsetor ensino, que registrou 371 admissões e 248 desligamentos, resultando um saldo de 123 postos de trabalho.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Paraná (Sinepe/Nor-PR), José Carlos Barbieri, disse nesta segunda-feira (24/9) que os números mostram que Maringá “realmente está se tornando um polo educacional. Os resultados positivos se explicam pelo crescimento da educação a distância na cidade”.
Segundo Barbieri, “nos últimos dois anos o EAD teve um crescimento considerável, o que acabou levando as instituições de ensino a contratarem. Outro fator, é que a Uningá e a Unifamma se tornaram centro universitário e, automaticamente, tiveram que contratar mais pessoas para os setores que foram criados dentro das instituições”.
A expectativa de Barbieri é que o setor cresça ainda mais com o programa municipal Primeiros Passos, que levou à aprovação de uma lei na Câmara autorizando a prefeitura a contratar vagas nas creches particulares: “Tudo isso vem de um planejamento inciado pelo Codem, que a instituições de ensino entenderam e hoje contratam mais e ofertam mais serviços”.
Enquanto o setor de serviços é o responsável pela maioria das contratações, a construção civil fechou mais postos de trabalho do que abriu. Foram 520 admissões ante 543 desligamentos, o que resultou em um saldo negativo de 23. Confira como ficou a geração de emprego em todos os setores da atividade econômica em Maringá.
- Indústria de Transformação: 933 admissões e 872 desligamentos. Saldo: +61 vagas.
- Extrativa Mineral: 3 admissões e 3 desligamentos.
- Serviços Industrial e Utilidade Pública: 8 admissões e 9 desligamentos. Saldo: -1 vaga.
- Construção Civil: 520 admissões e 543 desligamentos. Saldo: -23 vagas.
- Comércio: 1.628 admissões e 1.526 desligamentos. Saldo: +102 vagas.
- Serviços: 2.974 admissões e 2.688 desligamentos. Saldo: +286 vagas.
- Agropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca: 34 admissões e 29 desligamentos. Saldo: +5 vagas.
- Administração Pública: 1 admissão e 1 desligamento.
Geração de empregos cresce em Maringá
Com a criação de 430 novas vagas de empregos formais em agosto, Maringá só ficou atrás de Londrina, com 540 empregos, e Curitiba, que gerou 2.811. Em comparação com julho, a cidade gerou mais empregos. Naquele mês, o saldo foi de 182 empregos formais, com 5.670 admissões e 5.488 desligamentos.
No acumulado do ano, Maringá registrou um saldo positivo de 2.433 empregos, com 48.357 admissões e 45.924 demissões. A cidade também foi melhor ante agosto de 2017, quando ocorreram 5.806 admissões e 5.691 desligamentos, gerando 115 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo o Caged, do Ministério do Trabalho.
No ano passado, em agosto, Maringá se posicionada em sexto lugar no Paraná em termos de geração de empregos, ficando atrás de Arapongas, Ponta Grossa, Colombo, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais. Mas não foi só Maringá que conquistou novas posições mais positivas no ranking estadual.
Em julho, Curitiba registrou saldo positivo de 1.306 empregos e Londrina encerrou 185 mais postos de trabalho do que abriu: 5.783 admissões e 5.968 desligamentos. Em agosto, Curitiba teve saldo positivo de 2.811 vagas (28.122 admissões e 25.311 demissões) e Londrina ficou em segundo lugar, com 540 novas empregos (6.252 admissões e 5.712 demissões).
Em todo o Estado foram 8.252 postos de trabalho em agosto (86.368 admissões e 78.116 desligamentos). Comparado com julho, o Paraná também cresceu em geração de empregos: em julho, o Estado registrou saldo positivo de 1.145 empregos formais (77.026 admissões e 75.881 demissões).
O Brasil seguiu a mesma trilha. Cresceu e fechou agosto com mais de 110.431 vagas, ante as 52.311 de julho. O crescimento foi anunciado na quinta-feira (20/9) pelo presidente Michel Temer (MDB) no Twitter. Pela rede social, Temer antecipou dados do Caged que, segundo ele, mostravam que o “Brasil está no rumo certo. Em plena recuperação”.
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