Queixas quanto a qualidade das refeições servidas aos 69 menores do Centro de Socioeduação (Cense) de Maringá chegaram ao Conselho Tutelar. No dia 6 de setembro, o conselheiro Carlos Bonfim enviou ofício à Vigilância Sanitária solicitando uma fiscalização no Sabor e Art Cozinha Industrial Buffet, que atende a entidade.
No dia 11 do mesmo mês, recebeu a resposta da Vigilância informando que a cozinha industrial da empresa havia sido vistoriada no dia 3 de setembro, quando foram constatadas as mesmas irregularidades já encontradas no dia 26 de junho, momento no qual a fiscalização concedeu 30 dias para serem sanadas.
A empresa, no primeiro dia de agosto, solicitou prorrogação de tempo para tomar as providências indicadas, no entanto, no entendimento da Vigilância, naquele dia o prazo já havia expirado e a falha seria passível de multa. “A empresa será autuada por não cumprir as intimações”, informou a Vigilância ao conselheiro tutelar.
Na manhã desta sexta-feira (21/9), o proprietário da Sabor e Art Cozinha Industrial Buffet, Josemar Rodrigues Alves, disse que “os problemas, pequenos, foram todos resolvidos” e que vai recorrer da multa. “Neste momento, tem um funcionário nosso lá na Vigilância solicitando que venham fazer uma nova vistoria”, afirmou o empresário.
Os problemas identificados pela Vigilância Sanitária na empresa, que também atende presídios de Maringá, se referem a excesso de umidade em locais de manipulação de alimentos, vegetais e carnes no mesmo freezer, produtos deteriorados na câmara de congelamento, odor forte, resquícios de sangue na parede e quebraduras no piso.
O diretor do Cense, Éder Bolonesi, disse que os menores recebem quatro refeições diárias, sendo que no café da manhã são servidos, em porções individuais, dois pães franceses e leite com café ou achocolatado. Almoço e jantar são compostos basicamente por arroz, feijão, carne, massa legumes e sobremesa. À tarde, as vezes trocam leite por suco.
“Reclamação sempre tem, mas muitas não se justificam”, afirmou Bolonesi. Segundo ele, cerca de metade dos menores do Cense é da Comarca de Maringá e os que vêm de outras são por meio de determinação judicial. Quanto ao fim da interdição parcial do Centro, que teve a capacidade de atendimento reduzida de 86 para 70, disse que “não há nada oficial”.
O conselheiro Carlos Bonfim, que no início do ano chegou a dirigir o Cense, informou que na próxima segunda-feira (1/10) o Conselho Tutelar e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente farão uma vistoria na entidade. Segundo ele, “o governo pretende suspender a interdição parcial, mas falta estrutura de atendimento para isso”.
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