A quantidade de materiais recicláveis coletados em Maringá mais que dobrou em um ano e pode crescer ainda mais, a medida que iniciativas que visem à otimização dos serviços e conscientização da população sejam implantadas. A lei que prevê a criação de um aplicativo para smartphone informando os dias de coleta normal, por exemplo, foi publicada na segunda-feira (3/9) e deve ser regulamentada em 60 dias.
A lei estabelece que o aplicativo informe os dias de coleta de orgânicos, mas diz que “deverá ser atualizado periodicamente e poderá incluir outras funcionalidades referentes à prestação do serviço de coleta de lixo”. Esse artigo da lei elaborada pelos vereadores Mário Verri (PT), Alex Chaves (PHS) e Flávio Mantovani (PPS) cria, portanto, a oportunidade de agregar a coleta seletiva no aplicativo.
Com a privatização dos serviços de coleta seletiva, o número de caminhões passou de 5 para 15, com 45 coletores. Com isso, a média diária de 12 toneladas de recicláveis encaminhadas à cooperativas em julho de 2017, no mesmo mês deste ano saltou para 26 toneladas e foi a maior de 2018. A soma do que foi recolhido no mês supera as de julho dos três últimos anos: 311,73 t (2017), 293,24 t (2016) e 217 t (2015).
A meta da prefeitura de chegar a 780 toneladas mensais ainda está longe de ser alcançada, mas o número de trabalhadores nas cooperativas também já aumentou: de 80 em 2017 foi para 150 este ano. No início do ano, houve uma crise de abastecimento de materiais recicláveis nas cooperativas, que protestaram e chegaram a ameaçar romper com a prefeitura. Mas o clima nas entidades, nesta terça-feira (4/9), era outro.
A presidente da Cooperativa Ambiental de Materiais Recicláveis e Prestação de Serviços (Cooperambiental), Gisele Siqueira Vinhais, por exemplo, disse que o número de cooperados passou de 12 para 15 e a quantidade de matéria prima saltou de 400 kg por dia para 1,6 mil kg. “Recebemos um caminhão por dia. A carga varia de 1,4 mil kg a 1,6 mil kg. Não temos mais do que reclamar”, afirmou.
O membro da Cooperativa de Processamento e Comercialização de Vidros (Coopervidros), Diego Calderón, também disse que a situação melhorou a partir de abril, quando a coleta seletiva foi terceirizada. “A gente recebe dois caminhões por dia, mas as vezes chega a dez, quando as outras cooperativas estão lotadas”, contou. A Coopervidros, a maior da cidade, está recebendo 130 t por mês. Chegou a ter sete cooperados, agora são 30.
Para fomentar a geração de renda com os recicláveis, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que a Administração disponibiliza barracões para seis cooperativas, entre os quais, dois barracões para o projeto da Central de Valorização, que recebe embalagens plásticas, que passam por um tratamento químico antes de serem trituradas e transformadas em flakes.
“A comercialização do material garante até três vezes mais do que se fosse vendido para atravessadores. Despesas com água e luz dos barracões são pagas pelo município”, informou. Com o objetivo de criar ações educativas que sensibilizam a comunidade para a separação de resíduos, foi criada uma comissão com pessoal das secretarias de Serviços Públicos, Meio Ambiente, Educação e Saúde para propor projetos de conscientização.
A secretaria de Serviços Públicos também disponibiliza à comunidade sacos plásticos biodegradáveis para o acondicionamento de materiais recicláveis. Os sacos são entregues mensalmente para cada morador durante a coleta seletiva. A comunidade pode separar os recicláveis também em outros sacos, mas deve acondicioná-los em lixeiras das ruas apenas nos dias em que a coleta seletiva passa pelo bairro.
A coleta seletiva é realizada de segunda a sexta, entre às 7h30 e 16h30, e aos sábados das 7h30 às 12 horas. Podem ser destinados papel, papelão, plástico, metal, vidro e isopor. Não devem ir para a coleta pilhas e baterias que precisam ser entregues aos revendedores. Lâmpadas fluorescentes podem ser destinadas em pontos de coleta nos supermercados Cidade Canção e Super Muffato. Veja aqui o dia que a coleta seletiva passa no seu bairro.
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