A exposição “As Várias Formas de Genocídio da Mulher Negra, com homenagem a Marielle Franco”, na Biblioteca Central dos Estudantes (BCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi alvo de um ato de vandalismo.
Uma das três fotos de Marielle foi pichada. No ataque, foi escrito que a ex-vereadora do Rio de Janeiro, assassinada no mês de março, seria um mau exemplo por ser uma mulher lésbica.
O Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-brasileiros (Neiab), organizador da exposição e do V Colóquio de Feminismo Negro da UEM, considerou o ato de vandalismo como um ataque racista e de LGBTfobia.
Em postagem no Facebook, o Neiab criticou o ataque e destacou que vai buscar imagens do circuito de segurança para identificar o autor e buscar a punição.
“Infelizmente já começaram os ataques racistas. Rabiscando fotos da Marielle com mensagens depreciativas, ou seja, exalando racismo e LGBTfobia. Mas lembra-se que onde a exposição está instalada há câmeras. Tomaremos as devidas providencias”, informa a postagem.
As diversas formas de genocídio da mulher negra é o tema central do V Colóquio de Feminismo Negro da UEM. O evento começou na noite de terça-feira (24/7), quando mais de 200 pessoas participaram de uma mesa-redonda com a antropóloga mestranda Isadora de Assis Bandeira (UFSC) e a transfeminista Nicole Machado (UNILA/Foz).
A programação completa do evento pode ser acessada aqui. O tema da quinta edição foi escolhido porque existe no Brasil uma taxa de mortalidade de mulheres negras 54% superior à das mulheres brancas.
Além disso, segundo informações do Neiab, as mulheres negras continuam a ocupar cargos mais baixos na sociedade e são consideradas um dos grupos mais vulneráveis no que diz respeito à violência e desigualdades sociais.
A exposição “As Várias Formas de Genocídio da Mulher Negra, com a homenagem a Marielle Franco” vai ficar aberta à visitação até segunda-feira (30/7). Acesse aqui uma galeria de fotos do evento feita pela Assessoria de Comunicação da UEM.
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