De 2015 a 2018 foram registrados 827 casos de infecção pelo vírus HIV, que pode causar a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Os pacientes são 690 homens e 137 mulheres.
De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado na tarde desta quarta-feira (25/7), quase a metade dos casos registrados entre 2015 e 2018 é de jovens e adultos com idade entre 20 e 29 anos. Esta faixa etária concentra 345 casos de infecção detectados.
A coordenadora do Serviço Assistência Especializada (SAE), Suelen Teixeira Faria, explica que maior parte dos pacientes soropositivos é jovem por ser uma população sexualmente ativa, com muitos solteiros, o que supõe terem parceiros diferentes em períodos pequenos de tempo.
O número de casos também é maior para a população masculina pela relação entre homens. “O sexo anal desprotegido oferece maior risco de transmissão”, esclarece.
Para ela, a melhor forma de diminuir os índices da doença é a prevenção. “Usar a camisinha ainda é o modo mais eficaz para evitar a doença”, reforça.
A rede pública de saúde, por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), disponibiliza, gratuitamente, preservativos masculino e feminino para a população, além de gel lubrificador para evitar rompimento do preservativo.
O ideal é fazer os testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatite B e C, também disponibilizados pelas UBS e pelo CTA (de segunda a quinta, das 7 horas às 16 horas).
Os resultados são emitidos na hora. Além do teste rápido, há o convencional, com mais informações, mas leva alguns dias para sair o resultado. Os exames são realizados de forma segura e sigilosa.
Após diagnóstico positivo do vírus, o tratamento é realizado por multiprofissionais. Não há cura efetiva, mas a doença pode ser controlada com medicamentosos.
O coquetel é oferecido pela rede pública. Quando é feito o tratamento, as pessoas com o vírus passam a ter a mesma expectativa de vida das pessoas que não têm a doença.
Sintomas do vírus HIV aparecem depois de 5 a 10 anos
Descoberto nos anos 1980 no Brasil, o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é o causador da AIDS, doença que deteriora o sistema imunológico da pessoa. O vírus ataca as células do sistema de defesa, chamadas CD4.
O HIV torna a pessoa vulnerável a outros vírus e bactérias. Quando o paciente contrai essas infecções “oportunistas”, considera-se que ele tem a AIDS. Enquanto não há os sintomas da doença, é considerado HIV.
Os sintomas surgem depois de 5 a 10 anos que a pessoa adquire o vírus, tempo suficiente para ele se fortalecer e atingir fortemente o sistema imunológico.
Antes disso, normalmente, o indivíduo com HIV não sente, nem sofre com a doença. Por isso, é importante fazer testes e exames de rotina para o diagnóstico e o tratamento precoce, evitando estágios mais potentes do vírus.
Atendimento:
CTA
- Centro de Testagem e Aconselhamento
- R. Tabaete, nº 396, Jardim Tabaete
- Aberto de segunda a quinta, das 7h30 às 16h
- (44) 3293-8330
SAE
- Serviço Assistência Especializada (Sae)
- R. Tabaete, nº 396, Jardim Tabaete
- Segunda a sexta, das 7 às 18 horas
- (44) 3293-8334
Reportagem atualizada às 18h10 com a confirmação de que os casos informados são de pessoas infectadas pelo vírus HIV e não pacientes com AIDS. A informação inicial foi publicada com base em release distribuído pela Prefeitura de Maringá.
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