O fisioterapeuta neurofuncional e doutorando da Universidade de Porto, em Portugal, Felipe Lima, em parceria com professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), vão ajudar pessoas que tenham sequelas nos membros superiores causados por um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Os pacientes selecionados vão receber um tratamento novo, que é parte do projeto de pesquisa do profissional. O projeto de pesquisa chamado “Avaliação Cinemática Tridimensional na Reabilitação Neurofuncional do Membro Superior em Pacientes com Acidente Vascular Cerebral Crônico” terá duração 4 meses.
O tratamento é bem específico e objetiva a habilitação neurofuncional. “O projeto visa a trazer melhor qualidade de vida para essas pessoas. Desenvolvemos algumas terapias para reeducar o cérebro para voltar a fazer os movimentos , explica o autor da pesquisa.
As terapias vão acontecer duas vezes por semana no Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor (Labicom) da UEM. Os atendimentos serão individuais. “Esse laboratório possui uma tecnologia que nos permite identificar qualquer mínimo sinal de melhora no voluntário que vai receber o tratamento”, afirma Lima.
Até agora, quatro voluntários se inscreveram, mas Lima explica que é preciso chegar a no mínimo doze pacientes. Todos vão passar por uma triagem que levará em consideração as sequelas nos membros superiores mais de seis meses depois de um AVC.
Com o término do projeto em dezembro, os voluntários serão encaminhados para tratamento nas unidades básicas de saúde do município.
Lima é orientado pela professora Cláudia Isabel Costa da Silva e o laboratório que será usado no tratamento é coordenado pelo professor Pedro Paulo Deprá, do Departamento de Educação Física da UEM.
O prazo máximo para as inscrições dos interessados é a segunda quinzena de agosto. Para se inscrever ou obter mais informações, é necessário ligar no telefone (44) 99828-2768 ou enviar e-mail para [email protected]
Entenda mais sobre o AVC
O AVC pode ocorrer de duas formas. Uma causada pelo rompimento de um vaso cerebral, o que leva ao sangramento de algum ponto do sistema nervoso. A esse tipo se dá o nome de AVC hemorrágico.
A outra forma ocorre quando há uma obstrução da artéria, o que impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais. Esse tipo de AVC é chamado de isquêmico.
Ambos podem deixar sequelas no corpo humano. O mais comum é o AVC isquêmico. O AVC hemorrágico é mais perigoso e oferece mais riscos de levar a vítima a óbito.
Alguns dos principais causadores do AVC são a hipertensão arterial, diabetes tipo 2, colesterol alto, obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool, sedentarismo, histórico familiar e idade avançada. Os AVC’s são mais comuns em pessoas do sexo masculino.
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