Maringá está sob alerta laranja meteorológico. Isso indica risco moderado a elevado em relação a baixa umidade. Por conta do período de seca, a umidade do ar em Maringá tem oscilado muito durante o dia.
Nesta sexta-feira (13/7), por exemplo, às 11h da manhã estava em 28%, e às 15h, 33%. Quando esse valor está abaixo dos 30% significa que a população deve estar atenta, consumir bastante água, evitar fazer exercícios das 11h às 15h, umidificar os ambientes e sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol.
Segundo dados do Climatempo, há previsão de chuva na cidade apenas para a sexta-feira (20/7). O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) confirma a informação de que a chuva deve chegar apenas no final da próxima semana.
O meteorologista Paulo Barbieri explica os motivos do tempo seco. “Um sistema de alta pressão passou por aqui e está mantendo a baixa umidade. Além disso, o fluxo de calor que vem do norte do País, ajuda a deixar o nível de umidade mais baixo”, afirma.
Com o tempo seco, aumenta o número de incêndios ambientais. Segundo o Corpo de Bombeiros, nos primeiros doze dias do mês de julho foram registradas 25 ocorrências.
Se levar em consideração todo o primeiro semestre, foram registrados 203 incêndios ambientais no ano de 2018, enquanto no mesmo período do ano anterior ocorreram 103 incêndios ambientais. A quantidade praticamente dobrou, o aumento foi de 97%.
O maior número de casos acontece em fundos de vale e terrenos baldios. Segundo o Corpo de Bombeiros de Maringá, o tempo seco, a imprudência do cidadão em jogar bitucas acesas nas ruas, colocar fogo em lixo ou para “limpar” o terreno, são os principais motivos do início das queimadas.
O tenente do Corpo de Bombeiros de Maringá, Alexandre Ferelli, explica que a população pode ajudar e muito para diminuir esses números. “O cidadão precisa evitar jogar bitucas na rua e contratar empresas especializadas para a limpeza de terrenos, assim evitam que as queimadas comecem”, afirma.
Ele explica que nem todos os focos de incêndio precisam do apoio dos bombeiros. Alguns são bem pequenos e podem ser apagados pela própria população.
“É preciso ter bom senso. Nós recebemos muitas chamadas e precisamos dar prioridade para as ocorrências em lugares em que o patrimônio e a vida das pessoas estão em risco. Se o cidadão tiver contato com um foco de incêndio pequeno, que não ofereça ameaça à vida, pode tentar apagar com balde ou mangueira”, diz.
Tempo seco e mais casos de doenças respiratórias
Esse período de seca também aumentam os atendimentos médicos relacionados às doenças do sistema respiratório. Segundo o diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul de Maringá, Wellington Antônio de Sousa, há uma queda no número de atendimentos de forma geral por conta do frio.
Em um mês comum o atendimento diário é feito para cerca de 600 a 700 pacientes, já em um dia de julho esse número cai para 400. Em compensação aumenta o número de pessoas com síndromes respiratórias. Segundo ele, a cada 10 pacientes atendidos, 4 possuem alguma síndrome gripal.
Sousa diz que esse aumento está muito relacionado ao período de seca e frio em que as pessoas ficam em lugares mais fechados e evitam molhar as mãos. “Às vezes, por conta do frio, as pessoas não abrem as janelas de casa, do escritório ou do carro e também não lavam as mãos. Como já tivemos uma cobertura vacinal baixa, o vírus está circulando e situações como essas facilitam o contágio”, afirma Sousa.
A dica do diretor é “Lave sempre as mãos. Mantenha os locais abertos com ventilação e coloque as cobertas e pijamas no sol diariamente. Isso evita a propagação de vírus e o acúmulo dos ácaros. Outra dica importante é, se for possível, usar um umidificador em casa”, orienta.
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