Maringá é a sétima cidade do Brasil e a terceira do Paraná no ranking de acesso a saneamento básico, divulgado nesta terça-feira (13/6) pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental (Abes).
Da pontuação máxima de 500 pontos, Maringá atingiu 498,18. Com melhorias nos serviços, as cidades de Cascavel (498,99) e Curitiba (499,99) passaram Maringá no ranking de 2018.
Em 2017, Maringá ocupava a quarta posição nacional e a primeira estadual com 496,28 pontos. Curitiba ocupava a 12ª posição no ranking com 491,25 e Cascavel estava em uma categoria inferior, com 480,81 pontos.
Neste ano, o estudo foi ampliado e reúne 1.894 municípios do Brasil, o que representa 67% da população. No ano passado, foram avaliadas 231 cidades.
Em 2018, 88% das cidades do ranking são de pequeno e médio portes. Porém, 66% dos municípios do País ainda ficaram de fora do ranking. Segundo a Abes, a maior causa foi a falta de serviços de esgoto.
O ranking avalia os municípios de acordo com o acesso a serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto e coleta e destinação de resíduos sólidos.
No Brasil, quem lidera o ranking de cidades de grande porte rumo à universalização do saneamento básico são os municípios de São Caetano do Sul (SP) e Piracicaba (SP), que obtiveram a pontuação máxima de 500 pontos.
Maringá obteve nota máxima em tratamento de esgoto
Para o ranking, os municípios são classificados em categorias e divididos de acordo com o porte de cada cidade. Maringá está entre as 29 cidades de grande porte da categoria chamada rumo à universalização e que atingiram pontuação acima de 489.
Entre os indicadores pesquisados, Maringá obteve 100 pontos em tratamento de esgoto e destinação adequada de resíduos sólidos. A cidade manteve a mesma pontuação do ano passado na destinação de resíduos sólidos e registrou uma melhora na pontuação sobre o tratamento de esgoto. No ano passado, Maringá obteve 96,30 pontos.
Comparando com o ranking de 2017, a cidade teve uma pequena alteração no indicador que mede o abastecimento de água. A pontuação foi de 99,98 para 99,99.
Na coleta de esgoto, a cidade perdeu a pontuação máxima e caiu para 99,99. No ano passado, na categoria denominada como coleta de lixo, Maringá obteve pontuação máxima e neste ano a categoria coleta de resíduos sólidos registrou 98,20 pontos.
Relação entre saneamento básico e saúde
O levantamento também faz uma relação entre a pontuação total alcançada pelos municípios e a taxa de internação por doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado.
Segundo a análise da Abes, fica evidente que quanto maior o acesso ao saneamento, menor o número de internações por doenças como cólera, infecções por salmonella, infecções intestinais, amebíase, hepatite A e outras.
Na média geral, a taxa de internações por causa dessas doenças em municípios rumo à universalização, ficou em 95,77. Em Maringá, esse número é de 24,56 e ficou acima de 2017 quando a média era de 15,85.
Entenda o ranking da Abes
Para calcular os indicadores, a Abes reúne dados dos municípios brasileiros que estão no Sistema Nacional de Informações de Saneamento. Para o ranking de 2018, foram utilizados dados de 2016.
Os municípios foram divididos em quatro categorias: rumo à universalização (acima de 489 pontos), compromisso com a universalização (450 a 489 pontos), empenho para a universalização (200 a 449 pontos) e primeiros passos (abaixo de 200 pontos).
Dentro das categorias, as cidades são divididas entre as de pequeno e médio portes e as de grande porte. Nessa divisão é considerada a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) que considera municípios de até 100 mil habitantes como de baixo e médio portes e com mais de 100 mil habitantes os municípios de grande porte.
No ranking deste ano, a maioria dos municípios ficou na categoria empenho para universalização, que reuniu 1.187 cidades de pequeno e médio portes e 155 de grande porte, o que corresponde a 70,86% de todos os municípios pesquisados.
Na categoria primeiros passos para universalização ficaram 261 cidades de pequeno e médio portes e 10 de grande porte. No compromisso com a universalização, 161 são de pequeno e médio portes e 40 de grande porte.
Na categoria mais bem pontuada, chamada rumo à universalização, foram 51 municípios pequenos e médios e 29 de grande porte.
Confira a posição de Maringá no ano passado e neste ano:
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