Preço do diesel em Maringá cai R$ 0,31, mas o da gasolina volta a ser o mais alto do Paraná. Está faltando gás na cidade

  • O preço médio do diesel começou a sofrer redução em Maringá, mas ainda falta gás de cozinha nas revendas da cidade. Nesta segunda-feira (11/6), os estoques das 30 lojas filiadas ao Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás) acabaram. Já o combustível líquido teve uma queda, em média, de R$ 0,31.

    Principal reivindicação dos caminhoneiros, a redução do preço médio do diesel ainda não alcançou os R$ 0,46 prometidos pelo governo federal à categoria. A redução média de R$ 0,31, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizada entre os dias 20 e 25 de maio, vale para o diesel comum, para S10 chega a R$ 0,35.

    Pela mesma pesquisa da ANP, o preço médio do diesel na cidade era de R$ 3,62 e do S10 R$ 3,76. Na primeira semana deste mês, do dia 3 até 9 de junho, o preço era de R$ 3,31 e R$ 3,41 respectivamente. Já as tendências dos preços do etanol e da gasolina são de alta. Na média, de 19 de maio a 9 de junho, as altas médias foram de 8,08% e 4,13%.

    Procon notifica Sinegás, que diz: “Descontos acabaram”

    O Procon de Maringá, que já vinha fiscalizando os postos de combustíveis, também começou a visitar as revendas de gás. A principal reclamação dos consumidores é referente ao preço e à falta do produto. Nesta segunda-feira (11/6), órgão notificou o Sinegás.

    De acordo com a presidente do Sinegás, Sandra Ruiz, a notificação foi respondida. Ela explicou que, embora chegue gás todos os dias, ainda falta gás em Maringá e que nesta tarde o produto acabou por volta das 16h30 nas revendas filiadas ao sindicato.

    “Chega gás todos os dias na cidade, mas como a população ainda está desabastecida, todo estoque que chega rapidamente acaba. Tem gente que compra porque não tem, mas tem gente que compra para estocar e isso retarda a volta à normalidade”, diz Sandra.

    Segundo ela, desde o fim da greve, cerca de 50 mil botijões deveriam ter chegado para atender a demanda da cidade. Desse total, apenas 30 mil chegaram nas revendas. A expectativa do sindicato é que a situação volte ao normal em 20 dias. Consumidores de fora também estão vindo comprar gás na cidade.

    De acordo com a presidente do Sinegás, não existe aumento de preço nas revendas. Ela afirma que os preços anteriores à paralisação estão sendo mantidos, porém algumas promoções foram retiradas pelos revendedores, o que causa sensação de que os preços subiram.

    “Antes, devido à pouca procura, a gente tinha oferta de gás por até R$ 68. Com pouca procura e muita oferta, o preço cai. Esses revendedores tiraram o desconto e a percepção do cliente é que o preço subiu exorbitantemente, mas não é isso”, afirma Sandra.

    Postos de combustíveis atendem portaria

    Em portaria publicada na quarta-feira (6/6) pelo Ministério da Justiça, os Procons estaduais e municipais deveriam passar a exigir dos postos de combustível a exibição “de forma clara e ostensiva” do preço do diesel antes e depois da greve. Ou seja, do dia 21 de maio e 1 de junho.

    O Procon de Maringá vistou 25 postos da cidade entre os dias 4 e 9 de junho para verificar a redução no preço do diesel. Nenhum estabelecimento estava fora das recomendações exigidas pela portaria do Ministério da Justiça.

    Apenas oito postos deram o desconto de R$ 0,46, conforme estabelece o acordo entre governo e caminhoneiros, e 10 repassaram o desconto que receberam da distribuidora, inferior ao previsto. Outros sete postos não tinham comprado diesel depois de 31 de maio.

    Para fiscalizar, o Procon verificou as notas de entradas do combustível do dia 21 de maio e a partir do dia 1 de junho. O órgão analisou os descontos que os postos receberam e quanto repassaram aos consumidores.

    Segundo o agente fiscal do Procon de Maringá, Bruno César Bieli, as fiscalizações continuarão nesta semana e devem durar até o final do mês: “Alguns postos tinham comprado, mas não receberam o desconto da refinaria. A gente orientou para, quando for recebido, repassasse para o consumidor”..

    De acordo com Bruno Bieli, 20% dos postos tinham colocado cartaz com a comparação dos preços.“Estava meio indefinido se ia ter esse cartaz até que saiu outro decreto. Agora todos têm que ter o cartaz”, explica.

    Caso o estabelecimento descumpra as exigências pode ser multado. A multa varia de R$ 622 e pode chegar até R$ 4 milhões, dependendo do tamanho da empresa e outros fatores. O estabelecimento também pode ser interditado parcialmente ou totalmente e até perder a licença de comercialização.

    Maringá tem maior preço médio da gasolina do Paraná

    Desde de o dia 19 de maio, período anterior a greve, e 9 de junho, os preço médios do litro da gasolina e do etanol subiram semanalmente nos postos da cidade.

    No levantamento da ANP, entre os dias 13 e 19 de maio, o preço médio do litro da gasolina custava R$ 4,56 e subiu, nas semanas posteriores, para 4,72 (20 a 26/5), 4,73 ( 27/5 e 2/6) e R$ 4,75 na semana passada, quando a cidade registrou o maior preço médio da gasolina no Paraná.

    O preço do litro do álcool também subiu semanalmente. De 13 a 19/5, o etanol custava R$ 2,97 e subiu para 3,18 (20 a 26/5), R$ 3,20 (27/5 e 2/6) e R$ 3,21 na semana passada. O preço médio do etano em Maringá não está entre os mais do Paraná.

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