A primeira carga significativa de botijões de 13 kg de gás chegou em Maringá às 16 horas desta quarta-feira (30/5), informou a presidente do Sindicado das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás) de Maringá e região, Sandra Ruiz, enquanto acompanhava o descarregamento dos 1,2 mil botijões vindos de carreta Ponta Grossa.
Algumas horas antes, havia chegado na cidade um pequeno carregamento, de 300 botijões de 13 kg. “A expectativa é que Maringá receba 2 mil botijões ainda nesta quarta-feira”, disse a presidente do Sinegás. O consumo mensal da cidade é de 70 mil botijões de 13 Kg por mês. Acrescentou que a carga que estava parada em Santa Fé, com 500 botijões, não chegou.
Maringá não recebia nenhuma carga de gás desde o início da paralisação dos caminhoneiros, na segunda-feira (21/5) da semana passada. Na quinta-feira (24/5) de manha, os estoques das 100 revendas da cidade já estavam vazios. O gás consumido aqui vem de Centrais de Distribuição de Araucária, Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, Apucarana e Londrina.
Sinegás estima prejuízo de R$ 21 milhões
Em nota enviada à imprensa nesta tarde, o Sinegás afirma que os bloqueios nas rodovias estaduais e federais do Paraná, que impediram o tráfego de cargas, causaram um grande prejuízo à comercialização de gás de cozinha. “Em 10 dias, os prejuízos somam cerca de R$ 21 milhões”, para as revendas dos 229 municípios da base do Sinegás de Maringá.
O Sinegás fez um levantamento que apontou que muitos empresários do setor já enfrentam dificuldades em cumprir os compromissos financeiros por causa dos dias de paralisação. “Três dias depois do começo das manifestações ficamos sem botijões nas revendas, que tiveram que fechar as portas e dispensar os funcionários. O impacto financeiro é muito grande”, ressaltou Sandra.
Com a desmobilização de vários pontos de bloqueio nas estradas, os caminhões com os botijões começam a chegar nas principais cidades do estado. “A nossa previsão é que a partir de segunda-feira (1/6) já teremos uma sensação de normalidade. Mas o setor só volta a operar como antes em 30 dias”, disse a presidente do Sinegás.
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