Mesmo com acordo para liberação do transporte de combustíveis no Paraná, empresas não conseguem trazer gás de cozinha para Maringá. Estoque acabou na semana passada

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Enquanto os consumidores fazem fila nos postos de combustíveis da cidade atrás de gasolina e etanol, as revendedoras de gás de cozinha permanecem fechadas em Maringá.

Apesar do acordo anunciado nesta segunda-feira (28/5) pelo Governo do Paraná para garantir o reabastecimento da população, os manifestantes continuam a impedir a passagem dos caminhões com gás de cozinha.

A presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás) de Maringá e região, Sandra Ruiz, informou na tarde desta terça-feira (29/5) que entrou em contato com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de São José dos Pinhais, Plínio Dias, e ele disse que está impossibilitado de agir.

“O Plínio Dias afirmou que os veículos iam transitar normalmente. Alguns revendedores foram até as bases, mas ficaram nos bloqueios. Os líderes em cada ponto são diferentes e dizem não respeitar o acordo”, lamentou Sandra.

As empresas também tentaram solicitar escoltas policiais para garantir o recebimento do produto, mas os pedidos ainda não têm perspectiva de serem atendimentos.

“Não vai chegar gás nesta terça-feira para abastecer a cidade de Maringá. Se liberar hoje,  amanhã (quarta-feira) começa a ter alguma coisa”, disse. No entanto, explica Sandra, não há nenhum previsão oficial de quando o produto vai chegar à cidade.

As revendas de gás de cozinha de Maringá estão com os estoques zerados desde quarta-feira (23/5).

Falta de gás de cozinha vai chegar a restaurantes

A presidente do Sinegás afirma que os reflexos da paralisação no setor de gás de cozinha são extremamente preocupantes. “Os revendedores estão esticando as contas e tem gente sem capital de giro e que talvez não consiga retomar as atividades. É bem preocupante”, afirmou.

Sandra também afirmou que a situação começa a se refletir com mais intensidade nos restaurantes a partir de agora. “Não temos o produto desde a semana passada e os restaurantes vão começar a ser afetados agora”, ponderou.

Nesta terça-feira (29/5) os bares e restaurantes do Mercadão Municipal de Maringá não abriram as portas justamente para economizar o baixo estoque de gás de cozinha.

“Temos vários donos de revendas que foram até os bloqueios negociar, mas não vemos nada de diferente. Nenhuma luz no fim do túnel”, disse.


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