Preço da gasolina em Maringá bate recorde histórico: litro do combustível chega a R$ 4,69. A média é maior que as do Paraná e do Brasil

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Esta semana, o preço do litro de gasolina em Maringá chegou ao maior valor nominal da série histórica registrada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) desde 2004.

Nos quatro postos existentes na Avenida Juscelino Kubitschek (JK, Ipiranga, Bosque II e Pio Bello), os preços nesta quinta-feira (17/5) variavam entre R$ 4,62 a R$ 4,69. A média, portanto, é de R$ 4,655.

O levantamento histórico da ANP é dividido em três períodos. O primeiro vai de 2004 a 2012, quando as pesquisas em todo território nacional eram mensais. O segundo vai de 2013 a 2017, quando as aferições passaram a ser semanais. E, este ano, voltaram a ser mensais.

O maior preço médio da gasolina encontrado pela ANP em Maringá entre 2004 e 2012 foi R$ 2,032. Já entre 2013 e 2017, o maior preço em Maringá foi registrado na segunda semana de novembro, entre os dias 5 e 12, quando o litro do combustível chegou a R$ 4,29.

Este ano, até então, o maior preço identificado pela ANP foi em abril: R$ 4,49 por litro. Porém, a média do mês passado foi menor do que a de março, que ficou em R$ 4,29 nos 17 postos pesquisados.

Na última pesquisa da ANP, o preço médio da gasolina em Maringá era o maior do que as médias estadual e nacional. No Paraná, o preço médio então registrado foi de R$ 4,13 e no Brasil ficou em R$ 4,25.

Já em relação ao etanol, segundo a mesma pesquisa, o preço médio na cidade estava em R$ 2,85. Nova sondagem, com os preços atuais, deverá ser divulgada no início de junho.

Alcopar responsabiliza nova política da Petrobras

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado do Paraná (Alcopar), Miguel Rubens Tranin, disse que a nova política de preços da Petrobras, que acompanha o mercado internacional, é a responsável pelo aumento do preço da gasolina e da concorrência com o etanol.

“Nessa nova política da Petrobrás o preço flutua de acordo com o humor do mercado e é isso que está que está ocorrendo. Como a gasolina teve aumento muito forte, coincidiu com o início da safra de cana de açúcar”, afirma  Tranin.

Segundo ele, normalmente em maio os preços do etanol são mais baixos, por causa do aumento da oferta no início da safra: “É normal que no início da colheita da cana as usinas aumentem a produção de etanol em cerca de 10%, por uma questão de mercado e também porque é mais fácil fazer etanol do que açúcar”.

Para o presidente da Alcopar, se o preço da gasolina se manter em patamares elevados, o consumo de etanol deve aumentar nos postos. Porém afirma que o motorista não deve se limitar apenas na tradicional variação de 70% do preço entre álcool e gasolina.

“Hoje mudou muito a eficiência dos veículos em relação ao consumo de etanol e de gasolina. Há muita variação entre as marcas e nem sempre a diferença de 70% compensa”, observa.

Miguel Tranin sugere que o motorista faça um teste: abasteça o carro com etanol e depois com gasolina. Assim, o consumidor pode analisar quantos quilômetros o carro dele faz com cada tipo de combustível.

Preço na cidade é maior do que no Estado

Sobre o fato de Maringá ter o preço médio mais alto do Paraná, segundo a última pesquisa da ANP, a assessoria de imprensa do Sindicato de Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniência do Estado do Paraná (Sindicombustíveis-PR) considerou “normal os preços serem diferentes”

Acrescentou, em nota ao Maringá Post, que “as distribuidoras têm políticas de preços diferentes e, como o mercado é livre, isso ocorre com frequência”.

O sindicato também considera que o preço dos combustíveis estão altos em todo país e que a culpa não é dos postos.

“Os preços estão elevados devido a uma soma de fatores: aumentos na carga de impostos federais e estaduais, a nova política de preços da Petrobras e aos repasses das distribuidoras”, diz a nota.

Venda de gasolina sem imposto neste sábado

Neste sábado (19/5), o posto Horto Florestal, que fica na Avenida Luiz Teixeira Mendes, venderá combustível sem imposto. A ação faz parte do 16º Feirão do Imposto, que começou na segunda-feira (14/5/) em Maringá.

Haverá disponível 1,5 mil litros de gasolina e cada consumidor poderá abastecer até 10 litros de combustível por veículo.

Procon fiscaliza postos de combustíveis

Após o aumento do preço da gasolina, o Procon de Maringá informou nesta sexta-feira que iniciou uma fiscalização nos postos de revenda de combustíveis na cidade.

Está requerendo as notas fiscais de compra de álcool e gasolina nas distribuidoras para comparar os valores de aquisição e revenda para o consumidor, em busca de explicação para o expressivo aumento dos combustíveis registrado dos últimos dias.

“É dever do Procon agir sempre que o consumidor possa ser lesado, e nesse caso em específico não parece haver explicação plausível para um aumento tão elevado no preço dos combustíveis na bomba”, disse o coordenador do Procon Maringá, Rogério Calazans.

“Se ficar comprovado que houve aumento abusivo no preço dos combustíveis, os revendedores podem sofrer sanções, entre elas multa, além de ações civis públicas na Justiça”, informou Calazans.

  • Primeira atualização feita às 9h desta sexta-feira (18/5/2018), com a inclusão das informações sobre a fiscalização do Procon.

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