Domingo de manhã fui no Parque do Ingá, com meus filhos gêmeos, de sete anos, e minha companheira. Frequento a área, principalmente o entorno, desde quando mudei para Maringá, há 13 anos, mas fazia um tempinho que não entrava. É um passeio legal.
Nunca tínhamos visto o museu natural aberto. Gostamos. É pequeno, tem pouca coisa, mas o simples fato de não estar fechado já é positivo. No mínimo, é o primeiro passo e um incentivo, tomara, para o acervo ser ampliado.
Fósseis, animais embalsamados, coleções de insetos e borboletas, amostras de madeiras nativas e outras peças têm potencial para entreter crianças e adultos. O livro de presenças na entrada mostra que as pessoas visitam o local.
O que não gostamos de ver foi da falta de conservação dos bichos de barro. Onças sem pernas e rabos, cobra sem cabeça, capivaras e antas sem orelhas. As condições das obras, feitas por uma manauara, estão piorando.
O pior é que, pelo que dizem, não há planos da administração municipal para recuperá-los. A motivação seria essencialmente política, já que foi iniciativa de ex-prefeito. Eram aliados, viraram adversários e, é de se perguntar, o que os munícipes têm com isso?
Não é apenas o comportamento dos políticos que precisa ser revisto. Ignorando solenemente as placas que dizem “não alimente os animais”, marmanjos insistem na prática de dar pipoca aos macacos.
Os saguis descem das copas das árvores, os pavões se aproximam, as crianças se divertem e os adultos tiram fotos. É algo como dar esmolas, o que parece uma boa ação, no fundo vícia o cidadão. No caso, os primatas.
Também andamos de pedalinho no lago, passamos por obras concluídas sem uso, brinquedos interditados e, apesar dos pesares, por muita gente com expressões felizes. Inclusive no entorno do parque, nos food trucks e barraquinhas de artesanato.
Mas essas já são outras histórias. Por ora, ficam as três observações: uma positiva, uma negativa e uma de comportamento ecologicamente incorreto. E uma sugestão: visite o Parque do Ingá.
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