Inverno pode registrar temperaturas abaixo da média mas não será o mais frio dos últimos 100 anos, diz meteorologista

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A informação de que o Brasil teria o inverno mais frio dos últimos 100 anos ganhou espaço em alguns sites de notícias, nas redes sociais e grupos de WhatsApp. Porém, tudo não passa de fake news espalhada na internet e desmentida pelo site Boatos.org.

Para o meteorologista do Simepar, Tarcizio Valentin da Costa, não é possível fazer essa afirmação, já que as análises são feitas por institutos internacionais e que ainda não foram divulgadas. “Isso não existe. As condições são que no inverno as temperaturas fiquem um pouco abaixo da média, mas não coisas alarmantes e que não tem fundamento”, afirma.

A estação tem início no dia 21 de junho e vai até 22 de setembro. De acordo com dados do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), o trimestre que compreende os meses de junho, julho e agosto deve ser o mais frio do Estado. Nesse período, as temperaturas médias registradas na região de Maringá devem variar entre 10°C e 17°C.

No Estado, as temperaturas mais baixas devem ser registradas na região sul. Em Curitiba, União da Vitória e Guarapuava as temperaturas média no trimestre mais frio do ano, devem variar entre 11ºC e 12ºC.

Inverno será de neutralidade atmosférica

De acordo com o meteorologista, a estação será marcada pela neutralidade atmosférica, quando não há presença do La Niña ou El Niño. “O que se tem é que tanto temperatura quanto precipitação devem ficar em torno da média climatológica. A temperatura pode ficar um pouco abaixo da média por causa do La Niña que está terminando.”

Segundo Costa, a escassez de chuva e o tempo seco devem ser predominantes na estação. “A característica do inverno é ter o tempo mais seco. É a estação que menos chove por causa das massas de ar seco”, diz.

O meteorologista afirma que a falta de chuvas no inverno é medida em termos médios, e que não se pode descartar fenômenos fora do comum. “Em 1983 tivemos uma das maiores enchentes do Rio Iguaçu no mês de julho. Quando se tratam de dados médios esses 30 anos para cima desaparecem”, afirma.


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