Está aberta licitação de quase R$ 774 mil para a obras de implantação de uma pista de skate na Vila Olímpica. O projeto é uma parceria entre a Secretaria de Esportes e Lazer (Sesp), a Associação dos Skatistas de Maringá (Askm) e o gabinete do deputado federal Edmar Arruda (PSD).
Os recursos foram garantidos por uma emenda parlamentar de R$ 390 mil, proposta por Arruda, e outros R$ 483 mil pela Prefeitura de Maringá, totalizando R$ 773.989,72 de orçamento. A previsão é que a obra seja finalizada ainda em 2018.
A emenda foi empenhada em 13 de maio de 2016, mas só no final de 2017 o projeto foi finalizado por parte da prefeitura e encaminhado para aprovação da Caixa Econômica Federal.
A pista terá mais de 1 mil m² de área construída, ao lado das quadras de vôlei de areia, onde atualmente é um estacionamento. As especificações vão possibilitar que Maringá entre no circuito de competições nacionais e internacionais de categoria olímpica.
O projeto começou por iniciativa do deputado Edmar Arruda, procurado pela Askm há aproximadamente três anos, mas para uma obra menor. Com a decisão de ampliação para uma pista com mais de 1 mil m² para atender aos requisitos de uma pista olímpica, foram necessárias reformulações.
Até a aprovação, foram 4 projetos
O presidente da Askm, Fernando Cano, disse que é preciso cuidado com a realização das obras. “As pistas que existem dentro do Velódromo e no Centro da Juventude não são viáveis para a prática segura do esporte, foram um desperdício de dinheiro. Precisa ser uma empresa especializada.”
Cano explicou que por diferentes motivos ocorreram várias mudanças no planejamento. “A intenção era ser no mesmo local onde hoje estão os obstáculos móveis, que são uma adaptação, mas não tivemos permissão do arquiteto responsável. Em outro espaço, devido à incidência do sol, o planejamento também precisou ser repensado. Até chegarmos ao local definido foram feitos quatro projetos”, contou.
O secretário de Esportes, Valmir Fassina, falou que a realização da pista de skate é parte de um trabalho conjunto entre os órgãos da prefeitura e a Askm. “É um grupo forte e organizado. Os trâmites passaram pela Sesp e a Semop [secretaria de Obras Públicas], mas é importante ouvir quem sabe.”
“Quando a atual gestão assumiu, o projeto estava parado. Conseguimos trabalhar em conjunto e entregar um projeto de obra capaz de trazer e formar atletas”, complementou. Em 2017, Maringá recebeu a etapa final do Circuito Paranaense de Skate, no ginásio do Centro Social Urbano (CSU).
Sobre as críticas às pistas em desuso e as condições perigosas, em 2009 uma reportagem da Espn questionou a falta de acompanhamento especializado nas obras da pista do centro do velódromo.
Projetos sociais estão em pauta
Em fevereiro deste ano foram entregues as obras de reforma da Praça Pedro Álvares Cabral, popularmente conhecida como “Banks”, na avenida Cerro Azul. A pista de patinação foi reformulada com participação da Askm.
“Mudou da água pro vinho. Agora é um espaço iluminado, sempre ocupado, e que está ajudando a trazer uma galera antiga de volta, agora com os filhos. O número de praticantes está crescendo e o skate está sendo visto”, disse o presidente da Askm, Fernando Cano.
Para a pista na Vila Olímpica também existem planos de projetos sociais. “Queremos ter um espaço de convivência amplo do esporte, equipado e que seja capaz de atrair e transmitir torneios, oferecer cursos de fotografia e vídeo, além de projetos para ensinar o skate para crianças de todas as cidades”, afirmou.
“Foi importante a participação do deputado Edmar Arruda para viabilizar a nova pista. Há expectativa de conquistar novos recursos para equipamentos e fortalecimento do esporte em Maringá”, complementou o presidente da Askm.
O secretário de esportes, Valmir Fassina, considera que “é importante ter projetos sociais de ocupação para realmente aproveitar os espaços da Vila Olímpica para a prática do esporte, um benefício para a comunidade”.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) incluiu o skate como esporte olímpico. A estreia nos jogos será no Japão, em 2020, mas as categorias e regulamento ainda não foram definidos.
“Esperamos que isso ajude na imagem do skate como esporte e não como algo marginalizado. Temos que fortalecer e mostrar que podemos formar atletas de alto nível”, declarou Cano.
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