Sede da empresa 14 Bis, que emprestou nome à operação da PF que prendeu 20, fica na Zona 7 de Maringá. João Chrun, preso na cidade, é sócio

  • A empresa 14 Bis, que deu nome à operação da Polícia Federal e Receita Federal que investiga fraudes na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Cornélio Procópio, e que levou à prisão temporária 20 pessoas na última terça-feira (13/3), tem sede em Maringá, mais especificamente em um apartamento na Rua São João, Zona 7.

    Os sócios da empresa administradora de bens 14 Bis são João Nicolau Chrun, que foi preso pela PF em Maringá, e Maria Eva Rossato Francisco, esposa do ex-diretor-geral da UTFPR, Devanil Antônio Francisco, apontado como cabeça do esquema que teria desviado R$ 5,7 milhões da universidade e que também foi preso na operação de terça-feira.

    Chrun é dono de mais duas empresas, que segundo o site Empresas CNPJ.com, são a Chrun – Representações Comerciais Ltda – ME e Chrurn Transportes Rodoviários Ltda – ME. A Polícia Federal trabalha com indícios de que empresas em nomes de laranjas e parentes do ex-diretor da UTFPR eram utilizadas nos desvios.

    O telefone constante como sendo da 14 Bis Administradora de Bens Próprios Ltda – ME pertence a um escritório de contabilidade, que afirmou ter deixado de atender João Nicolau Chrun e se negou a dar mais informações. A 14 Bis foi criada em 2010.

    A ligação do ex-diretor-geral da UTFPR, Devanil Franciso, com Maringá talvez se explique pelo fato do suspeito de comandar o esquema de desvios de recursos da universidade ter feito o curso de graduação em Matemática na Universidade Estadual de Maringá (UEM), de 1984 a 1988.

    A Polícia Federal, segundo declarações do delegado-chefe da PF de Londrina, Milton Cruz da Silva, onde se concentra as investigações, Devanil Francisco tem um patrimônio incompatível com a sua renda, Citou dois prédios com 60 quitinetes, carros de luxo e um edifício de alto patrão em construção.

    O delegado separou as investigações em duas frentes: uma que investiga cinco empresários, presos nesta terça, que participavam do esquema. E outra específica para “levantar informações sobre cinco ou seis empresas que pertenceriam ao ex-diretor-geral da universidade, que podem estar em nome de laranjas e que também foram presos”.

    A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos dois presos citados. A prisão é temporária, de cinco dias, mas 16 dos 20 já foram soltos, entre os quais João Nicolau Chrun, após prestarem depoimento. Não foram impostas restrições às pessoas soltas, mas elas continuam sendo investigadas.

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