Morcego encontrado na Vila Operária de Maringá estava infectado com o vírus da raiva. É o primeiro caso na cidade este ano, mas ainda será feito um novo exame comprobatório, no Laboratório Central do Estado, em Curitiba. Dos 31 animais recolhidos pela Vigilância de Zoonoses, um estava com o vírus. Ele foi encontrado no dia 1 deste mês.
Durante o ano passado, foram recolhidos 237 morcegos em Maringá e dois deles estavam com raiva. Diferente do que alguns imaginam, mesmo que o morcego seja frugífero ou insetívoro, ele pode transmitir a doença para os seres humanos, seja por contato físico direto ou por meio de animais domésticos.
Em 2017, por exemplo, foram cinco casos e quatro mortes no Brasil por raiva humana. Sendo que três pegaram o vírus de morcegos, um de gato e um de cachorro. Duas vítimas mordidas pelo mamífero voador no final de 2017 eram irmãos e moravam em Barcelos (AM). O terceiro irmão, um adolescente de 14 anos, resistiu e passou a ser considerado o segundo sobrevivente da doença no País.
Ministério da Saúde ainda avalia sequelas
A recuperação do adolescente foi confirmada pela secretaria de Saúde do Amazonas, segundo divulgou a Agência Brasil. Entretanto, em nota, o Ministério da Saúde informou que ainda não recebeu todos os relatórios neurológicos do paciente, “assim, ainda não há como avaliar quais as condições e prognóstico de recuperação”. O primeiro sobrevivente, em 2008, foi um pernambucano.
Para se ter ideia da agressividade da raiva humana, de acordo com o Ministério da Saúde, no restante do mundo, existem relatos de apenas mais três casos de cura: dois nos Estados Unidos, em 2004 e 2011, e o outro na Colômbia, em 2008, sendo que este faleceu por outras causas associadas, após atingir a cura.
A orientação da Vigilância de Zoonoses de Maringá, que fez um mutirão de conscientização no início de fevereiro na Vila Operária, além de vacinar os animais domésticos, é que ao encontrar um morcego morto, agonizando no quintal ou um filhote que ainda está aprendendo a voar, cubra o animal com um balde ou uma caixa de papelão e entre em contato com o órgão por meio do telefone 156.
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