Preocupação com febre amarela faz Prefeitura de Maringá emitir nota sobre vacinação e monitoramento de primatas

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As notícias sobre um surto de febre amarela na região metropolitana de São Paulo e o risco de contaminação de humanos por primatas fez a Prefeitura de Maringá emitir uma nota sobre as ações de controle da doença na cidade.

O trabalho, informou a administração municipal, é realizado em conjunto pelas secretarias de Saúde e Meio Ambiente e Bem-Estar Animal. São duas frentes paralelas. Na saúde, o trabalho é voltado à vacinação, enquanto no Meio Ambiente, há o monitoramento dos primatas que vivem nos parques.

Em relação à vacinação, a Secretaria de Saúde informou que 23.730 pessoas foram vacinadas no ano passado e, nos dez primeiros dias de 2018, foram aplicadas 296 doses da vacina.

A imunização nas Unidades Básicas da Saúde (UBS) é gratuita e as vacinas são aplicadas às segundas, quartas e sextas. Na sala de vacinação, na sede da Secretaria de Saúde, a vacinação contra a febre amarela é de segunda a sexta.

Diante dos surtos da doença em outros estados, as orientações são que as pessoas tomem a vacina, principalmente se forem viajar para regiões com casos notificados.

Podem se vacinar crianças a partir de nove meses e adultos com até 59 anos. Acima dos 60, é preciso ter a autorização médica. Apenas uma dose vale para a vida inteira, como ficou definido desde abril do ano passado. Antes era preciso tomar de dez em dez anos.

Sema monitora febre amarela em primatas

A Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal tem feito o controle epidemiológico constante nos macacos que vivem no Horto Florestal, Bosque II, Borba Gato e Parque do Ingá.

A veterinária Evandra Voltarelli Pathaly explica que são feitos exames periodicamente com a coleta de materiais biológicos dos macacos para análise. Além disso, é observado o comportamento dos primatas.

“Procuramos observar se estão fracos e lentos, mas aparentemente todos estão saudáveis”, explica Evandra.

Somente no Horto Florestal vivem de 500 a 600 macacos. Durante 2017, sete primatas morreram e não houve nenhum caso de febre amarela.

Para quem encontrar macacos mortos ou doentes, a orientação é acionar as equipes da prefeitura pelo telefone 156. Após a notificação, a Secretaria de Saúde recolhe o animal para os devidos atendimentos e é feito o diagnóstico do motivo da morte.

O diretor de Vigilância em Saúde, Eduardo Alcântara, esclarece que o animal também é vítima, pois assim como os seres humanos, é um hospedeiro da doença.

“Quem transmite o vírus para os animais são os mosquitos. Toda a equipe ambiental do município que faz o controle da dengue contribuí também para a prevenção da febre amarela urbana. Existem outros mosquitos transmissores, mas o mais comum é o Aedes aegypti”, afirma.

O diretor lembra que embora a situação de Maringá esteja confortável, comparada a outras cidades, é preciso ter cuidado. “Não devemos baixar a guarda, temos que orientar e prevenir sempre”.


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