Número de casos de dengue cai bastante em 2017, o que não afasta o risco de uma nova epidemia em 2018

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Até o dia 18 de dezembro foram registrados 208 casos de dengue pela Secretaria de Saúde de Maringá em 2017 e nenhuma morte. Em 2016, foram duas mortes entre os 2.762 casos confirmados, diferença de mais de 1.200%.

Mas alguns bairros voltaram a apresentar índices de alto risco, o que preocupa. De acordo com o secretário de Saúde, Jair Biatto, a redução se explica pelo maior envolvimento dos  órgãos públicos e da população.

“As ações de combate à dengue foram ampliadas durante o ano. O trabalho da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp), as visitas domiciliares dos agentes da dengue e a campanha de vacinação foram primordiais para alcançar esse resultado”, afirma.

O programa Bota-Fora, da Semusp, criou mutirões de limpeza para atender áreas de maior risco. Em 2017, os funcionários da prefeitura passaram por 47 bairros e recolheram muitos materiais que ajudam na proliferação do mosquito, como móveis velhos, entulho e pneus.

A campanha de vacinação foi bem-sucedida, na avaliação de Biatto. A adesão foi de 73%, segundo dados da Secretaria da Saúde. Houve incentivo aos jovens com o sorteio de um smartphone para quem se vacinasse na 3ª etapa.

A campanha deve ser realizada pelo Paraná novamente em março de 2018, mesmo após a polêmica recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os riscos da vacina para quem nunca teve dengue.

Último levantamento demostrou maior risco

Divulgado no dia 8 de dezembro, o 4º Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira) mostrou que 51,7% dos focos de dengue são em lixo domiciliar.

O Índice Geral de Infestação Predial do Município (IIP), que mede o risco da infestação e a tendência das larvas do mosquito, passou de 0,9% em setembro para 1,2% em dezembro, indo de baixo para médio risco.

Gerente do controle da dengue, Janete Fonzar, justifica que a mudança pode ser causada pela mudança na condição climática: em agosto o tempo está mais seco, enquanto em dezembro o aumento da umidade cria condições mais propícias.

Bairros como a Zona 7, Jardim São Clemente, Recanto dos Magnatas, Parque da Gávea, Vila Morangueira e Jardim Alvorada tem índice de infestação acima de 2%, considerado de alto risco.

O menor índice, de 0,2%, foi registrado nos bairros Parque Eldorado, Parque das Bandeiras, Jardim Quebec e Cidade Jardim. Acesse aqui o relatório completo.

Siga as dicas e previna-se

O tempo chuvoso do verão e o calor que promete chegar faz com que locais improváveis se transformem em criadouros para larvas do mosquito.

Por isso, mesmo com a vacina e outras medidas, é importante que cada um faça sua parte como vigilante. Tem que evitar o acúmulo de água parada para proteger a saúde.

  • Limpe as calhas regularmente para evitar acúmulo de água;
  • Mantenha caixas d’água, cisterna e poços sempre fechados com tampa apropriada;
  • Encha de areia os pratos de vasos de plantas;
  • Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo;
  • Guarde pneus em local coberto e seco;
  • Mantenha as lajes secas;
  • Mantenha piscinas limpas e limpas;
  • Deixe a tampa do vaso sanitário fechada;
  • Atente-se a falhas em pisos que possam acumular água;
  • Lave com sabão, pelo menos duas vezes por semana, os potes de água dos animais do estimação;
  • Evite plantas que acumulam água, como as bromélias;
  • Mantenha a lixeira fechada e com uso de sacos plásticos.

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