A Secretaria Municipal de Cultura (Semuc) iniciou o planejamento do Carnaval de rua de 2018 em Maringá. A ideia é fazer um pré-Carnaval e um Carnaval entre os dias 9 e 12 de fevereiro, que devem contemplar a região central da cidade, a Avenida Mandacaru e os distritos de Floriano e Iguatemi.
Segundo o diretor de eventos da Semuc, Luiz Fernando Neves, na próxima terça-feira (19/12) será realizada uma reunião na prefeitura para abrir a inscrição dos blocos de rua e definir o modelo das festividades em Maringá. “Nesse primeiro momento, a gente vai fazer uma reunião com os interessados em montar blocos de Carnaval e reunir com grupos que já nos procuraram para fazer um planejamento”, diz.
Depois da reunião, as inscrições devem continuar abertas durante 15 dias. O diretor de eventos informou que após o término das inscrições, a Semuc deve se reunir com a secretaria de Mobilidade Urbana e a Guarda Municipal para definir as diretrizes do evento.
De acordo com Neves, o objetivo da secretaria de Cultura para 2018 é “fomentar o Carnaval de rua, aberto a toda a população, já que esses blocos estão ligados a percussão popular”.
Destaca que, apesar das festividades não serem típicas em Maringá, alguns blocos entraram em contato com a secretaria para participar do Carnaval no próximo ano: “Maringá não tem tradição, mas é algo que vem surgindo. É uma tendência do carnavalesco. No ano passado, foram três blocos que saíram efetivamente e dois que desistiram um pouco antes do Carnaval. Hoje a gente pode afirmar que no mínimo teremos cinco blocos na cidade”.
Uma das principais características dos blocos de Carnaval, de acordo com Neves, é ser independente e não receber nenhum patrocínio da prefeitura. Apesar de ainda não terem expectativas definidas para o próximo ano, o diretor de eventos acredita que o Carnaval “pode ser um gerador de fluxo turístico e cultural”.
Em 2017, algumas das principais festividades concentraram-se no estacionamento do Terminal Urbano, mas para o ano que vem outros locais devem ser estudados, dependendo da demanda. Algumas parcerias também devem ser firmadas com o Maringá Convention & Visitors Bureau e o Observatório do Turismo e Eventos de Maringá.
Blocos de rua já estão preparando a festa
Um dos blocos que desfilaram pela primeira vez neste ano em foi o Ipa Lê Lê. De acordo com uma das organizadoras do bloco, Cryslaine Zancanaro Grasieri, algumas modificações para 2018 devem ser feitas, mas ainda está em fase de planejamento:”A gente está tão no clima de Natal que o Carnaval ainda está meio distante”.
A ideia de organizar o Ipa Lê Lê surgiu em uma mesa de bar, o que por sinal inspirou o nome do bloco, que é um estilo de cerveja artesanal. “Foi em uma reunião de amigos que iriam passar o Carnaval em Maringá e estavam buscando algo diferente, além de trazerem a cerveja artesanal para o bloco”.
O projeto dos amigos foi colocado em prática e cerca de 60 foliões saíram às ruas este ano, do Bar do Zé em direção ao Novo Centro, ao som das tradicionais marchinhas carnavalescas, sambas e outros estilos musicais.
Para 2018, a data e o percurso ainda não foram definidos, mas o concurso de melhor fantasia e as marchinhas devem continuar. De acordo com a organizadora, a participação dos foliões no bloco é feita por meio de adesão. Na compra de um ingresso, que este ano foi R$ 30, o folião bebe chopp e água à vontade durante todo o percurso.
Cryslaine acredita que a participação popular nos blocos carnavalescos deve movimentar a cidade durante o feriado. “Acho que as pessoas estão bem abertas a esse tipo de festa. É legal para que o pessoal não viaje também, para ter algo que estimule as pessoas a ficarem em Maringá”, afirma.
Outro bloco que desfilou pela primeira vez este ano e já está preparando a programação para o próximo ano é o Oi Sumida. O bloco carnavalesco é realizado pela Liga das Baterias Universitárias de Maringá (LBUM) e a Euphoria Eventos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Euphoria, a inspiração veio de outro bloco, chamado Quem é Essa Aí Papai?, realizado há três anos pela empresa e baterias parceiras em Belo Horizonte (MG).
Já o nome Oi Sumida surgiu a partir da expressão que ganhou grande repercussão, quando os usuários no WhatsApp começaram a usar a frase para voltar a falar com alguém que não falavam há muito tempo.
Em 2017, cerca de 3,5 mil foliões saíram às 14h do estacionamento do Terminal Urbano e foram até o Estádio Willie Davids. Aproximadamente 78 ritmistas e 12 bateristas universitárias animaram os participantes ao som das marchinhas de Carnaval.
A empresa informou que vai participar da reunião com a prefeitura para decidir as festividades do próximo ano, mas já adiantou que para 2018 a expectativa é que um número maior de foliões participem da festa.
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