O maior número de criadouros do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, em Maringá, foi localizado dentro das casas. É o que mostra o 4º Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira), divulgado nesta sexta-feira (8/12) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Os agentes fizeram o trabalho em praticamente toda a cidade e constataram que no lixo domiciliar e em outros resíduos sólidos estão 51,7% dos focos da dengue. Barris e tintas descartados de forma incorreta representam 24,2% dos criadouros.
Nos vasos de planta foram achados mais 13,4% dos criadouros. Em pneus foram 4%, depósitos fixos (3,4%), depósitos naturais (2%) e caixa d’ água (1,3%).
O Índice Geral de Infestação Predial do Município (IIP), que mede a tendência de larvas do mosquito da dengue e o risco de infestação da doença, passou de baixo para médio risco.
Subiu 0,9% – número registrado no levantamento divulgado em setembro deste ano – para 1,2%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera tolerável o índice de até 1%.
Segundo a gerente do controle da dengue, Janete Fonzar, o índice ficou maior por causa das condições climáticas do período em que o estudo foi feito.
“Quando nós fizemos o LIRA em agosto estava seco. Agora estamos em uma época propícia para o aumento do índice pela umidade e calor “, afirmou.
Saiba quais são os bairros com maior índice
A secretaria registrou bairros em Maringá com infestação de 3,1%. O índice é considerado de alto risco e atinge o Recanto dos Magnatas, jardins São Clemente, Cidade Monções, Posto Boa Vista e Sub-estação da Copel.
Com índice de infestação de 2,9% estão o Parque da Gávea, Conjunto Residencial Alta e Parque Tarumã. Na Vila Morangueira, ampliação da Vila Morangueira Ampliação e no Jardim Alvorada o índice foi de 2,8%.
Na zona 7, o índice é de 2,2%. O Parque Itaipu, Jardim Marajoara, Conjunto Santa Terezinha, Distrito de Iguatemi, Jardim São Domingos, Jardim Ouro Cola, Cocamar e Distrito de Floriano apresentam índice de 1,9%.
Na Zona 1, Zona 2 e Zona 4, o índice é de 1,8%. O menor índice de 0,2% foi registrado nos bairros Cidade Jardim, Jardim Quebec, Parque Residencial Eldorado e Parque das Bandeiras. Acesse aqui o relatório completo.
Até esta sexta-feira (8/12), Maringá teve 2.357 casos de dengue notificados e foram 175 positivos. Sobre os riscos de uma nova epidemia, Janete faz o alerta. “Não estamos isentos do risco, temos todas as condições favoráveis. A gente precisa cuidar.”
Mesmo após a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de que as pessoas que nunca tiveram dengue não tomem a vacina, o Paraná deve realizar uma nova campanha de vacinação em março do ano que vem.
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