Afogamento é a segunda principal causa de morte de crianças de um a nove anos no Brasil, segundo estudo da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). O mesmo estudo revela que 51% dessas mortes ocorrem em piscinas e residências.
Com a aproximação das férias e dos dias de sol do verão e o natural o aumento das atividades aquáticas, sejam em piscinas, rios ou represas, a informação serve de alerta para os pais.
Um exemplo trágico recente ocorreu em Maringá. Uma bebê de um ano e três meses morreu após ser encontrada inconsciente dentro da piscina da sua casa. Ela teria ficado em casa sob a responsabilidade do irmão adolescente, enquanto a mãe foi ao pet shop comprar remédio para o cachorro.
Chegando em casa, a mãe encontrou a filha inconsciente na piscina. Apesar do socorro prestado pela equipe de enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, a bebê não resistiu..
Corpo de Bombeiros dá dicas de prevenção
Para evitar incidentes, a tenente do Corpo de Bombeiros, Luisiana Guimarães Cavalca, diz que “a prevenção é o primeiro passo”.
Ela orienta que, em locais que tenham piscina ou seja perto de água, é indispensável que sempre tenha algum adulto supervisionando a criança.
Recomenda a fixação de cerca para dificultar o acesso à piscina e a colocação de capa protetora com material resistente ao peso da criança.
Em caso de afogamento, a orientação da tenente é, primeiramente, ligar para o 193, número do Corpo de Bombeiros, para receber as recomendações adequadas para cada situação.
Nos casos de afogamento de bebês, em que eles ainda estejam conscientes, a tenente orienta que retire-o da água, com uma mão segure a cabeça levemente inclinada para baixo e com o outra mão, posicione o tórax e abdômem do bebê sobre o ante-braço do adulto passando o braço por entre as pernas do bebê.
Após esse movimento, é indicado dar cinco tapinhas de leve nas costas da criança. O processo é o mesmo de quando a criança se afoga com leite.
Em seguida, é recomendado girar a criança de forma que ela fique com a barriga virada para cima, com uma mão segure a nuca e a parte posterior do torax (costas) apoiada no ante-braço. Com os dedos indicador e médio deve-se pressionar entre os mamilos cinco vezes.
Bebê pode aprender a nadar a partir de três meses
Ensinar a criança a nadar pode fazer com que ela saiba se salvar em uma situação de risco de afogamento.
O professor de natação da Escola de Natação e Academia MG, Paulo Scapinello, diz que “quanto mais cedo a criança praticar exercícios aquáticos mais proveito tirará dos seus movimentos naturais”.
Ele diz que a partir dos três meses a criança pode iniciar as atividades. Entre elas, é ensinado a técnica de retorno. “A técnica serve para que a criança aprenda a voltar para borda da piscina quando estiver em situação de risco”, afirma.
Além disso, as atividades aquáticas auxiliam no desenvolvimento da coordenação motora das crianças e melhora a capacidade de reproduzir todos os movimentos naturais, o que ajuda a melhorar o reflexo em casos de risco.
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