Após reassumir gestão do Parque do Japão, prefeitura decide fechar temporariamente o local à visitação

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A Prefeitura de Maringá, que reassumiu a administração do Parque do Japão na segunda-feira (6/11), anunciou que o parque será fechado temporariamente. A medida é necessária, segundo a diretora executiva da secretaria de Serviços Públicos e coordenadora do processo de transição, Maria Lígia Guedes, para permitir a reorganização administrativa.

Inicialmente, o parque ficará fechado desta quarta-feira (8/11) e será reaberto no feriado da Proclamação da República, no dia 15 de novembro.

Além da definição de um cargo comissionado e da criação de um conselho consultivo, a administração municipal informou que a segurança da área, antes terceirizada, passará a ser feita, ao menos provisoriamente, pela Guarda Municipal.

A concessão do restaurante, salão de eventos e demais espaços ainda será analisada pela administração. Durante o fechamento o parque passará por limpeza, ajustes na iluminação, reinstalação da rede telefônica e outras intervenções.

Em nota divulgada à imprensa nesta terça-feira (7/11), a prefeitura afirmou que irá criar um conselho consultivo, junto à colônia japonesa, para garantir a preservação das características arquitetônicas e paisagísticas do local.

Uma das preocupações dos ex-funcionários do parque, muitos decidiram ajudar como voluntários na transição, é com a preparação para o Natal.

Dívidas motivaram mudanças no Parque do Japão

Em 2014, após abrir um processo de licitação o Parque do Japão passou a ser administrado por uma Oscip. No contrato, foi definido que nos dois primeiros anos o repasse do município para a Oscip seria de R$ 44 mil ao mês e no terceiro e no quarto anos seria de R$ 40 mil e R$ 36 mil. A concessão poderia se estender por 30 anos.

Não era previsto cobrança de ingresso para entrada e o parque teria que ficar aberto por ao menos cinco dias por semana. A renda viria da cobrança por serviços, atividades e ações que acontecessem no local. O objetivo era que o parque pudesse ser autossustentável.

O jornal São Paulo Shimbun divulgou em julho que a administração passava por grave crise financeira, com dívidas de R$ 400 mil e muitas contas pagas por empresários e comunidade. Seria necessário um repasse mensal de R$ 80 mil, por parte da prefeitura, para garantir a sustentabilidade.

Segundo a diretora da Semusp, Maria Lígia Guedes, o aumento de repasse seria inviável, pois iria contrariar as normas da licitação. “A única forma de fazer esse aumento seria com uma nova licitação”, explica.


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